tag:blogger.com,1999:blog-40527978602995367602024-03-05T23:53:01.719-08:00Kauabanga 69Um blog sobre alguma coisa, eu acho...marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.comBlogger173125tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-49905886919239097092019-04-17T21:07:00.000-07:002019-04-17T21:07:43.610-07:00A despedida inesperada (não, ninguém morreu) Hoje foi um dia cheio de reflexões, em meio a elas lembrei de algo: qual o local onde narro acontecimentos da minha vida, insignificantes ou não, visando um tipo de terapia gratuita? Pois é meu amor, é exatamente aqui, nesse belíssimo blog que sempre beira o esquecimento.<div>
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De fato ao me lembrar desse "local" na internet, esse blog especificamente, recordei de como ele já foi, e ainda é, meu refugio. Um local aonde, mesmo com certo exagero, narro uma realidade, a minha.</div>
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Realidade essa que compartilho com você, em vários sentidos. Então hoje, da forma mais clássica possível, vou narrar uma acontecimento completamente irrelevante, com uma riqueza de detalhes questionável, e quem sabe, mais para o fim, jogo uma reflexão para você, meu querido leitor(a).</div>
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Caso eu ainda tenha sua atenção, vem comigo, prometo ser o mais breve possível.</div>
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<a name='more'></a><br /></div>
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Meu amigo, e barbeiro, Pedro já tinha terminado a parte do cabelo do processo, sendo assim, o fim estava próximo, o que me agrada bastante, levando em consideração que não sou um grande fã da pratica de manter o cabelo em dia.</div>
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Na verdade, até acho uma pena a sociedade, de forma geral, e especificamente minha família, não aceitarem meu aspecto de maluco quando estou cabeludo demais. Enfim.</div>
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Prestes a terminar o processo, vem o seguinte comentário, do 3° elemento entre nós, Rodrigo Rodrigues: "Cara da um trato no bigode dele." </div>
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A resposta foi veloz como um trovão atingindo meu ânus: "MAS COM CERTEZA CARA!"</div>
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Na hora não levei muito a sério a situação, até encorajei meu amigo pedro a dar um "trato no bigode", mal sabia eu o que me aguardava.</div>
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Antes de prosseguir, acho justo deixar claro o que esse bigode significa no contexto descrito. Veja bem, algo que começa como piada, depois vira estudo sociológico e por fim, se torna uma característica física bela, de notoriedade entre meus iguais, MERMÃO, eu realmente gosto dessa merda desse bigode, detalhe esse que minha mãe, por sinal, abomina.</div>
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Voltando ao "trato", com sua maquininha em mãos, Pedro iniciou o abordagem mais audaciosa daquela noite, após dois movimentos percebi o seguinte: ele realmente estava dando um puta "trato" no meu bigode, e claramente, ele tinha cortado uma das "voltinhas" do meu bigode, a esquerda foi a 1°.</div>
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Tentei fingir demência, quis acreditar que meu bigode, mesmo pós 'trato" ainda sairia ileso em suas características iniciais. Fui tolo, a "voltinha" do outro lado era arrancada enquanto chegava a essa conclusão.</div>
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Finalizado ali o "trato" fui ao banheiro, em busca de um espelho para visualizar o resultado, mesmo já imaginando o que veria, não estava preparado.</div>
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Sim, sei que é só um bigode, compreendo a irrelevância de toda esse discurso, mas em frente aquele espelho, me deparei com um reflexo diferenciado, aquele meu amigo se fora, não soube lidar muito bem com minha recente perca. As "voltinhas" deram lugar a um "bigodinho finin"e um "cabelin na régua", só que sem a parte do "melhor baile do Rio de Janeiro".</div>
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Em defesa ao meu amigo Pedro, ele só queria meu melhor, ainda argumentou comigo quando voltei do banheiro, claramente abatido, sobre como meu bigode estava esquisito e crescendo errado.</div>
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Por fim, já com uma nova feição para mostrar ao mundo, cheguei em minha casa, olhei para o espelho e disse, em alto e bom som: "Cara seu forte nunca foi a beleza, já já as voltinhas retornam"</div>
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Basicamente é isso, obrigado pela leitura e nos vemos em uma próxima.</div>
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ps: Nunca chame seu BARBEIRO de CABELEIREIRO</div>
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ps²: Eu podia ter deixado claro para não mexer nas voltinhas, CLARO QUE EU PODIA CARALHO</div>
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ps³: Minha mãe nunca insistiu tanto para tirar essa merda da minha cara ( - Filho aproveita que você está triste já arranca tudo)</div>
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Ass: M.O.P.</div>
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marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-78033597613177070782019-01-22T11:07:00.004-08:002019-01-22T11:07:42.310-08:00Historias de Caracol #1<br />
Olá.<br />
Eu tenho várias histórias que eu poderia postar aqui mas como eu nunca tenho paciência de passar elas do word pra cá, é hora de fazer um post de qualquer coisa.<br />
<br />
E o tema de hoje é o que eu faço pra ter vontade pra escrever. Afinal, escrever é fácil, o difícil é estar motivado para tal. Não é mágico, não é motivacional e muito menos interessante, mas a culpa é sua se você continuar lendo.<br />
<br />
<a name='more'></a>Vilanelle, o qual eu nunca me importei o suficiente pra saber se tem tradução ou obras brasileiras sobre (isso é bem feio, a escrita brasileira é linda) é um poema de 19 linhas estruturado pra ser repetitivo. E é extremamente simples de fazer.<br />
<br />
Dito isso, vamos a um exemplo feito no momento dessa escrita.<br />
<br />
Em fotos antigas<br />
Ainda vejo seu sorriso<br />
Quando você me amava<br />
<br />
E sinto falta das noites conversando<br />
Mas disso não terei lembranças<br />
Em fotos antigas<br />
<br />
Também não terei o seu calor<br />
Ou os olhos que me fitavam<br />
Quando você me amava<br />
<br />
Então desisto, de que me serve essas fotos?<br />
Não aguento me ver feliz apenas<br />
Em fotos antigas<br />
<br />
Prefiro me ver sozinho<br />
E sozinho não preciso lembrar<br />
Quando você me amava<br />
<br />
Então basta de me assombrar<br />
Deixo meu amor por você<br />
Em fotos antigas<br />
Quando você me amava<br />
<br />
Sim, é sobre amores perdidos porque isso é a coisa mais fácil de se escrever, olhe os sertanejos por aí.<br />
<br />
Mas por que eu quero mostrar um poema? Simplesmente pela estrutura de um Villanelle. Praqueles que prestaram atenção no texto, ele tem dois refrãos ("Em fotos antigas", "Quando você me amava") que precisam fazer sentido no final do poema. O exercício mental de juntar as frases e expandir no tema mesmo que por duas linhas antes de voltar para o refrão é o que vai fazer seu cérebro precisar aos poucos engatar na ideia de criar.<br />
<br />
Ou pelo menos é como funciona <i>quase </i>sempre comigo.<br />
<br />
Vilanelles podem ser feitas sobre qualquer assunto, por mais que você vá achar pessoas dizendo que Vilanelles precisam ser tristes ou tocar em algo sério. Tudo balela, faça uma Vilanelle sobre Naruto se você quiser, por mais que eu não sei se gostaria (ou entenderia) do resultado final.<br />
<br />
Agora, pra já deixar todos preparados pra um futuro em que esse blog vai estar cheio de histórias, eu vou falar dos meus vícios de escrita, porque e como matar essas coisas.<br />
<br />
O primeiro vício que tive (e que observo em muito escritor novo) foi a falta de ponto final.<br />
<br />
Pra que você precisa fazer um parágrafo com várias frases se você pode apenas continuar uma frase gigante onde o leitor nunca tem tempo de parar de ler, seguindo um constante assunto ou até mesmo mudando o assunto no meio da frase e fazendo o seu texto ficar cada vez mais confuso até que o leitor fique com vertigem ou simplesmente canse do seu texto e bote os próprios pontos finais no meio da frase já que a frase nunca parar de crescer.<br />
<br />
O segundo vício que tive e ainda tenho é o de muitas mas muitas vírgulas.<br />
<br />
Não é tão diferente assim, ou pelo menos acho que não, do problema dos pontos finais. Claro que vírgulas são importantes, mas, quando usadas em excesso, como agora, só deixa o texto totalmente fora de ritmo. <br />
<br />
Os outro vício já é meio óbvio, caro leitor. Eu gosto bastante de conversar com você! Dizem que não é bonito mas eu sempre amei livros falando comigo quando lia coisas, virou costume.<br />
<br />
E como você acha que resolvemos vícios de ritmo, amiguinho?<br />
<br />
Leia o seu texto em voz alta e respeite as pontuações. Não tem jeito mais simples de pegar seus próprios erros. E é claro, sempre bote sua cara a tapa e divulgue seus textos. Se ninguém ler, nada muda. Se lerem e acharem ruim, melhore por você.<br />
<br />
Eu não sei ser motivacional, mas eu posso dizer que divulgar seus textos podem sim gerar um ansiedade fodida mas é super legal. As vezes divulgue até pra você mesmo, só deixe eles ali em um espaço público e em algum momento algum russo vai cair no seu blog e não entender nada.<br />
<br />
PS: Beijinhos, parei de escrever esse post pra assistir SU e estou no chão.<br />
PPS: Não posso dizer que textos assim vão ser comuns, mas são gostosos de escrever.<br />
PPPPS: O PPPS você vê <a href="https://historiasdecaracol.blogspot.com/">aqui</a>Thebahttp://www.blogger.com/profile/03858826427827630160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-38843474845229899502019-01-04T06:31:00.002-08:002019-02-03T17:43:39.727-08:00Reflexões praianas e uma história envolvendo a estupidez juvenil Esse ano que acabou de se iniciar me trouxe algumas reflexões interessantes, de frente para o mar minha mente vagou, sem rumo, fui além, porém, não pretendo me aprofundar nisso. Não agora, cada coisa em seu momento. Em realidade nessa introdução gostaria de retomar 2018 que acabou de ir embora e me impediu de fazer algo que todo final de ano é comum para mim. MEU TEXTÃO PRÉ VIRADA.<br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span><span style="color: #; font-size: medium;"> Agora que estamos todos fodidos com relação a nossa situação política, depois do excesso de álcool no rolê de fim de ano, posterior aqueles abraços distribuídos a tudo e todos, venho aqui, sem muitas esperanças, pedir para que possamos ser pessoas melhores, mas em que sentido Mercel?</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span><span style="color: #; font-size: medium;"> Não falo de superioridade, longe disso, digo "melhor" num sentido de soma, de transformação, de ser melhor para com os outros e para consigo, falo de um olhar aberto a possibilidades futuras, acolhedor, sincero, de transformação constante e sem finalidades pré estabelecidas, falo de olhar para o passado e reconhecer que podemos, sim sempre podemos, ser melhor do que fomos ontem e assim quem sabe não podemos transformar a nossa experiência na terra, enquanto dividimos esse minúsculo planetinha que é 70% água <strike>puro chute essa parte mas ok</strike> </span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span><span style="color: #; font-size: medium;"> Sendo assim, dentro dos seus limites, dentro de suas capacidades, independente de crenças, religiosas ou não, independente de passado e futuro, vamos fazer do agora algo melhor, vamos tirar de nós e do outro o melhor que podemos ser, enquanto fugir disso, menos humano você será.</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span><span style="color: #; font-size: medium;"> Agora voltamos a programação normal em um texto aonde me fodo e faço piadas disso, só vem meu querido(a)...</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<br />
<div>
<span style="color: #; font-size: medium;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"> Era verão, o sol acima da cabeça de todos ardia sem se importar com quem estava sob sua influência, mas a questão interessante é que ali, naquele lugar mágico, o sol é mais que bem vindo, se faz necessário a presença dele para que aquele lugar não perca parte de seu brilho, realmente a praia transforma a mente do ser humano.</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"> Onde que a combinação de areia em abundância, sol poderoso/inquestionável mais água salgada, também conhecido como "mar", pode ser tão interessante? Me faltam respostas para esse questionamento.</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"> Estava eu, no auge dos meus 18 aninhos, curtindo aquele momento na praia aonde você se pega pensando: "puta merda, talvez eu esteja bêbado", até que resolvi entrar no mar, situação comum e já realizada anteriormente.</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"> Porém dessa vez, dois fatores diferem, 1° resolvi pegar emprestada a prancha do menino que estava conosco, daquelas que tem matade do tamanho de uma prancha normal, que parece a tampa de um cooler, é essa mesmo. 2° a minha estupidez estava em dia naquele momento, e sinceramente, NUNCA podemos subestimar nossa própria estupidez.</span><br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"> Gente estupida subestima sua própria estupidez. <strike>nossa que óbvio isso mercel</strike> </span><br />
<br />
De qualquer forma entrei no mar com a prancha, encontrei meu irmão já se banhando nas águas salgadas, conversamos brevemente até que me veio a ideia que, possivelmente beira o ápice da estupidez juvenil e inconsequente, alcançar o barco mais próximo.<br />
<br />
Qualquer ser humano pensante, que estivesse disposto a refletir brevemente sobre suas ações, saberia que essa ideia, além de estupida tinha um toque mortífero em sua estrutura.<br />
<br />
Obviamente que só me empolguei pra cacete com a possibilidade de superar meus limites e me atirei nessa missão, completamente imbecil e questionável.<br />
<br />
Meu irmão, tão ou mais estupido que eu, sequer pensou em impedir, na verdade o gênio resolveu me acompanhar, nem prancha ele tinha pára justificar tamanha burrice e falta de raciocínio lógico.<br />
<br />
20 segundos depois ele estava se afogando, num reflexo que só consigo classificar como instinto fraterno, fui até o desgraçado, entreguei minha prancha pra ele e disse, num tom heroico:<br />
<br />
- Bibi vamos nadar até a praia porra!- Os olhos ardendo em convicção.<br />
<br />
Já dispenso elogios referentes a minha atitude, nem tenho o coração tão bom assim, sinceramente era medo de ouvir merda até o infinito, se alguém fosse morrer que fosse eu, gente morta não tem que ouvir mais nada, de ninguém. Além da minha atitude ser de uma burrice sem tamanho, afinal era só dividir a prancha e voltar aos poucos, mas não é assim que a estupidez trabalha.<br />
<br />
De toda forma assim que iniciamos a missão retorno, era eu que estava me afogando.<br />
<br />
Sinceramente não desejo algo assim para ninguém, minha descrição passa longe da realidade a qual estava inserido naquele momento, me faltava força, apoio, possibilidades de sucesso. A morte naquele momento me mandou oi, era só uma questão de tempo.<br />
<br />
Desci e subi umas três vezes, na quarta realmente aparentava ser o fim.<br />
<br />
Me recordo de pensar várias coisas, várias mesmo. Principalmente depois que cheguei a conclusão que ia morrer ali. No meu último momento, antes de desistir de fato e aceitar o doce beijo da morte pensei: "Nossa eu vou morrer sem ver o Naruto como hokage".<br />
<br />
É isso mesmo que você leu, sou desses.<br />
<br />
De qualquer forma, posterior a esse pensamento, fechei os olhos e comecei afundar, no mesmo instante um braço sarado, da grossura de uma árvore milenar adentrou o mar, com a força de um trovão e a precisão de um cirurgião, me pegou pelo "suvaco", me tirou do mar no mesmo movimento, me colocou num jet sky e partiu rumo a areia.<br />
<br />
Só me recordo de sua regata amarela e de seu grito:<br />
<br />
- SEGURA GAROTO!<br />
<br />
Era como abraçar rocha, o cara era duro, parecia que seus músculos eram uma armadura natural.<br />
<br />
O que sucede o resgate nem é tão relevante assim, o salva-vidas me xingou bastante ao descobrir minha idade, questionou minhas capacidades cognitivas e me avisou de algo que já deveria saber:<br />
<br />
- Garoto o mar não perdoa gente burra, fica ligeiro e você pode curtir de boa, valeu?<br />
<br />
- Pode cer senhor, desculpa. - Respondi, sem graça.<br />
<br />
<br />
Voltamos os dois para a galera que estava conosco, no caso nossa família, eles sequer tinha visto toda essa movimentação, claramente perdemos a prancha do amigo que estava conosco e adquirimos conhecimento.<br />
<br />
Por fim pedi dinheiro para comparar um picolé de limão, no meio do picolé, distante de todos, olhando o mar, meu irmão me solta a seguinte frase:<br />
<br />
- Cara talvez você não estivesse aqui para dividir esse sorvete comigo, se não fosse o salva vidas né?<br />
<br />
- Sim. - Respondi ainda me recobrando.<br />
<br />
Bom esse é o tipo de texto que faz esse blog viver, espero que você se lembre de sempre refletir sobre sua própria estupidez e também que o mar, REALMENTE não perdoa sua burrice, no mais é isso, espero ver vocês bastante aqui esse ano, beijos de luz e passem protetor solar.<br />
<br />
<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
<br />
<br />
<br />
ps: bibi te amo cara.<br />
ps²: Sim meu último pensamento foi sobre Naruto.<br />
ps³: Aquele foi o picolé mais delicioso que já tive a oportunidade de consumir.<br />
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span>
<span style="color: #; font-size: medium;"><br /></span></div>
marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-1842321711252140572018-12-02T05:30:00.000-08:002018-12-02T05:30:40.760-08:00Uma abstração envolvendo "Castelo animado" Caso você não tenha visto o filme citado no título, que por sinal é maravilhoso, vou ter que resumir toda uma ideia para você.<br />
<br />
Ao fazer isso, presumo que vou estragar toda, ou parte, da magia que o filme tem.<br />
<br />
Essa não é minha intenção com essa abstração, sendo assim recomendo, de forma convicta e decidida que você separe um tempo da sua vida para apreciar essa obra, do estúdio Ghibli, chamada <a href="https://www.google.com.br/search?q=o+castelo+animado&rlz=1C1GCEA_enBR753BR753&oq=o+castelo+animado&aqs=chrome..69i57j69i65l2j69i60l3.2255j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8" target="_blank">O Castelo Animado.</a><br />
<br />
Sei que seu tempo é muito valioso, também sei que você quase foi embora agora. Mas mantenha a calma meu querido leitor.<br />
<br />
Gostaria que você, independente de ver ou não o filme, fosse capaz de absorver alguma coisa dessa ideia que vou semear na sua cabeça.<br />
<br />
Isso se você me permitir, claro.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Ignorando vários aspectos visuais, que compõe essa metáfora no decorrer do filme, e levando em consideração o entendimento necessário para continuarmos, vou resumir de forma muito rasa uma situação bem merda que envolve a protagonista do filme.<br />
<br />
Ela é amaldiçoada no começo do rolê, por uma bruxa. A maldição? Ficar velinha e não poder falar sobre o assunto.<br />
<br />
É eu também fiquei com dó dela, de qualquer forma, no decorrer do filme temos alguns momentos aonde a maldição se quebra, dando a entender que o amor, tanto no sentido para com ela mesma, quanto sobre o amor ao próximo, fosse a cura de sua maldição.<br />
<br />
Essa dinâmica aonde o amor revertia a maldição da personagem, me fez pensar em várias coisas, que talvez sejam meio óbvias, talvez não.<br />
<br />
Acho que depende bastante de quem está lendo. <strike>OLHA A RELATIVIDADE ATACANDO</strike><br />
<br />
Mas não estaríamos todos amaldiçoados?<br />
<br />
De certa forma nossa existência não nos aprisiona numa maldição envolvendo nossa própria liberdade? Sem citar Sartre ou algo assim, mas ao estar vivo, você está sujeito a essa maldição que é " não estar morto", lidar com isso pode ser mais complexo que o esperado para boa parte da população mundial.<br />
<br />
Por mais óbvio que isso possa parecer achei significativo digitar essa afirmação. s<strike>ou desses</strike><br />
<br />
Peço desculpas também, caso a conotação pejorativa da palavra "maldição" tenha tirado você de sua paz.<br />
<br />
Vida que segue caso você sinta-se abençoado estando vivo, agora foco na outra galera.<br />
<br />
Se estamos todos nessa condição questionável que é "não estar morto", e isso é uma maldição, que não necessariamente resulta em velhice e impossibilidade de reclamar sobre, então como reverter isso?<br />
<br />
Com amor.<br />
<br />
Primeiramente, e principalmente, ame a si mesmo.<br />
<br />
Depois se for interessante, que esse amor transborde para fora, que chegue até aquele que te faz mal.<br />
<br />
Não tenho a minima ideia de como você vai fazer isso, se amar diariamente parece até estupidez, levando em consideração que tendemos a ver nossos defeitos com mais detalhes, e dar pouca atenção as nossas qualidades.<br />
<br />
Mas ao conseguir, alguns aspectos de nossa "maldição" podem se transformar, assim trazendo novos significados dentro do que se pretende com "estar vivo".<br />
<br />
Imagino que essa reflexão com forte apelo sentimental, talvez não seja de seu agrado, mas pense um pouco, em como o amor, pode trazer significados além do esperado, tanto para nós, ou para quem está ao nosso redor. Pense nisso da próxima vez que se sentir amaldiçoado quando o sol nascer no horizonte, que o amor te guie para foras das garras dessa maldição que é viver sem amar.<br />
<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
<br />
Ps: Assistam essa coisa maravilhosa em forma de filme, vocês precisam conhecer a Sofia.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-59435979175580086262018-10-08T20:25:00.002-07:002018-10-22T15:46:52.529-07:00Uma situação interessante Hoje me vi extremamente preocupado com uma situação que, de forma alguma, minhas ações poderiam alterar para favorável. Veja bem, nem tudo está sujeito as nossas necessidades e vontades, na verdade, poucas coisas ao nosso redor estão sujeitas a essas duas "forças".<br />
<br />
Basicamente, necessitando urgente de um documento, que estava vindo de Santos pelos correios, me envolvi num sentimento cruel de dúvida no amanhã.<br />
<br />
Todo meu otimismo deu lugar a falta de fé ilimitada com pitadas de ansiedade.<br />
<br />
Existia uma data limite para o lendário documento ainda ter utilidade.<br />
<br />
Não vou mentir, procurei outras alternativas que sem sucesso, tornaram os correios minha última esperança.<br />
<br />
Eram 4 dias, onde dois deles eram final de semana, com eleições, o que poderia dar errado?<br />
<br />
Esse texto, de forma já conhecida pelos leitores mais antigos, narra os momentos finais dessa situação interessante, sua conclusão e de brinde ainda te levará a uma reflexão, claramente óbvia, sobre espaço-tempo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://s2.glbimg.com/7Dku0HtFFzdjc6Bf7qmpip-4hTM=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/08/23/divulgacao_ii.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="300" height="300" src="https://s2.glbimg.com/7Dku0HtFFzdjc6Bf7qmpip-4hTM=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/08/23/divulgacao_ii.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<a name='more'></a>(sim eu sei que falar sobre qualquer coisa que não tenha envolvimento com política soa errado, mas vem errar comigo, vai ser divertido.)<br />
<br />
Era o último dia do prazo, tinha que ser hoje, todas as minhas tentativas e falhas me levaram aquele ponto, era a hora da verdade.<br />
<br />
Já acordei no rumo do telefone, precisava me informar, se meu pacote tinha chegado em minha cidade ou coisa assim, quem atendeu foi um homem, simpático até demais pelo horário.<br />
<br />
Expliquei minha situação e já fui sabiamente indicado para o número correto.<br />
<br />
Impressionante como nunca acertamos de primeira esse tipo de ligação.<br />
<br />
Quando fui atendido pela segunda vez me senti mais tranquilo, a mulher que falava comigo aparentava, em suas poucas e polidas frases, querer de fato me ajudar, ou ao menos, terminar com essa ligação matutina o mais rápido possível.<br />
<br />
Informei minha situação novamente, a resposta foi devastadora:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
"Moço, seu pacote não está aqui, talvez ele chegue amanhã"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Após agradecer a atendente e desligar o telefone, uma única palavra parecia preencher todo o meu ser.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Fodeu. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Me acalmei depois de um breve momento de tristeza profunda e decidi tentar, novamente, minha missão. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Sim, já falhara anteriormente, além de que, fazer o mesmo e esperar mudanças é falhar com mais propriedade, porém eu tinha que tentar, era isso ou ficar em casa murmurando.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Resolvi sair de casa com um plano pouco pensado, sem as ferramentas necessárias para executar o maldito plano, mas com um sorriso idiota na cara, quem precisa de planejamento com um sorriso desses? </div>
<div style="text-align: left;">
<br />
Sai da papelaria, abri o baú da Biz para perceber imediatamente que não daria certo guardar uma bolsa aonde já estava um capacete, estava próximo de casa ainda, resolvi voltar para abandonar o capacete em segurança, a chuva que caia só me deixava mais melancólico e borocoxô.<br />
<br />
Voltando para casa uma silhueta brilhou no horizonte, usava amarelo, seu veículo era amarelo também, o capacete que lhe escondia o rosto, adivinha? Amarelo.<br />
<br />
Fiquei meio desconfiado, seria possível meu pacote estar nas mãos daquele nobre homem? "Claro que não" dizia meu pessimismo.<br />
<br />
Porém, no fundo de minha mente, outra coisa falou, baixinho:<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
"Para de ser assim e verifica essa parada, você já estava indo pra casa mesmo"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Estacionei, abri o portão e guardei o capacete, isso em segundos, quando sai novamente o carteiro já estava próximo de casa, minha preocupação deixou de lado a mínima educação que minha mãe me deu:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Tem alguma coisa para o Marcel?</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Com toda a paz que me faltava naquele momento, ele olhou para mim, depois para seu amontoado de cartas, daí para mim novamente, com o olhar mais sereno que vi nos últimos anos e disse:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Tem sim meu jovem, só assinar aqui ó.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Assinei completamente desacreditado do que acabara de acontecer, verifiquei o remetente e era mesmo o esperando, temi acordar e dar fim aquele sublime momento de vitória. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O lendário, o escolhido pela necessidade, o documento estava em minhas mãos.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Aquele homem de amarelo deve ter notado minha euforia e me questionou:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
- Você parece feliz que isso chegou jovem, ainda bem que você estava em casa né?</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Sequer consegui responder direito, me limitei apenas a agradecer e desejar um ótimo dia a ele, aquele momento foi único, tirar esse peso das costas foi delicioso, quase como aquele pedaço de pizza inseparado na geladeira ao fim do rolê.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Consegui executar o plano, voltei pra casa até mais leve depois.</div>
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<br /></div>
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Gosto de pensar, que de forma estrutural, somos reféns de algumas consequências além de nós como indivíduos, por exemplo, levando em consideração que não tinha ninguém em casa e que, muito provavelmente, eu iria desistir de passar em casa, caso não fosse o capacete na "hora certa e no lugar errado", quem estaria lá para receber o carteiro? Pois é, ninguém.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
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Fico lisonjeado com você que leu até aqui, lhe desejo uma ótima semana e nunca permita que essas "consequências além de nós como indivíduos" predominarem em situações importantes em sua vida.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Ass: M.O.P.<br />
<br />
Ps: Fiquei devendo a reflexão sobre espaço tempo, caso esteja desejoso(a) por reflexões desse gênero sugiro o Google para um início de pesquisa, beijos.</div>
</div>
marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-82677760894667942622018-08-05T07:57:00.000-07:002018-08-05T08:50:40.005-07:00 #Textão do dia<h2>
</h2>
<h2>
</h2>
Esse "poema" foi feito na raiva um dia, não é nada demais mas como esse blog tem seus momentos de morte, por que não postar isso também?<br />
<br />
E tem mais, eu aprendi a usar o <br />
<a name='more'></a><br />
<b> Poemaria</b><br />
<br />
Abrimos hoje, graças ao grande empreendimento, uma poemaria.<br />
Nossos poemas, feitos de versos e parágrafos selecionados, trazem com eles o que você pedir<br />
Temos amor, tristeza, sucesso e derrota e contamos também com uma bela frota<br />
Frota essa de escritores que não mudam suas linhas, pré-programados e executados para seu conforto<br />
<br />
Ressalvamos nossa linha especial, gourmetizada e diferenciada, com o uso de Thesaurus e filtros,<br />
O poema chega pronto, pequeno e simples, com mensagens de amor ou tristeza<br />
<br />
Não são poemas como os de antigamente, a Poemaria é diferente pois são poemas feitos para você<br />
VOcê sendo baixo, alto, magro ou "cheinho", precisa ler novamente o que foi lido<br />
Os poemas apresentados seguem esse ideal, seus versos, floreados e vagos prontos pra serem compartilhados<br />
<br />
Realidade e seriedade estão em falta mas podemos botar um extra de exagero, pois sabemos que emoções mais fortes vem com textos mais absurdos<br />
Nossas críticas vem acompanhadas de trilhas sonoras de Chico Buarque e você pode aproveita-las no conforto da sua casa<br />
Criamos a Poemaria em bairro necessitado pra expandir o mercado, ainda nem tão gentrificado e retirarmos do escritor autônomo alguns trocados<br />
Pagamos nossos escritores, metade do preço, somos trabalho novo e precisamos expandir<br />
<br />
Sacrifícios precisam ser feitos, começamos com o que vem de baixo, <br />
Sofremos também com isso, comprando carro do ano passado e fazendo viagem uma vez por mês<br />
Caso o serviço aumente, procuramos mais gente, que aceite desculpas e menos dinheiro<br />
<br />
Nossa política funcionando, aumentamos e expandimos, outros versos poluimos e criamos padrão<br />
Conveniente e pequeno, parágrafo insosso, polído e opaco pro seu coração<br />
<br />
Volte sempre!<br />
<br />
PS: Eu devia ter mexido mais nesse poema mas shhhh<br />
PPS: A inspiração foi o preço do pão aumentar, nem pergunteThebahttp://www.blogger.com/profile/03858826427827630160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-88288818314045953502018-07-16T18:44:00.001-07:002018-07-18T03:41:05.379-07:00 Sobre saudade de "nerd" Mesmo não gostando muito da palavra "nerd" creio que ela seja o mais próximo que consigo chegar de um exemplo válido, para com o que quero narrar com esse texto.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Veja bem, se você tem uma miníma predisposição a consumir coisas desse universo "nerd", no sentido mais geral possível da palavra, você com certeza já se deparou com um tipo específico de saudade, aquela que bate quando um finalizamos um jogo, a última temporada daquela série legal, ou mesmo quando assistimos o filme do meio, da trilogia da nossa vida.</div>
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<br /></div>
<div>
Esse "tipo de saudade" é interessante, profunda e sincera, chegando as vezes a machucar, esse texto é justamente sobre isso, a saudade que ando escondendo de Overwatch.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://gamehubs.com/media/2017/05/screenshot_17-05-24_17-08-50-000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="180" src="https://gamehubs.com/media/2017/05/screenshot_17-05-24_17-08-50-000.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
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<a name='more'></a><br /></div>
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<br /></div>
<div>
Vou avisar antes de iniciar minha narrativa, caso você não conheça o jogo citado na introdução, muito provavelmente seu entendimento quanto a narrativa proposta aqui será, muito além do precário; talvez ter jogado outras coisas similares a Overwatch ajude na compreensão, avisos dados, vamos lá.<br />
<br />
O modo de jogo era o famoso "mata-mata em equipe", só era uma pena que mais da metade da minha equipe já estava morta, aguardando o segundo round.<br />
<br />
O boneco que escolhi para adentrar em combate era a <a href="https://playoverwatch.com/pt-br/heroes/ana/" target="_blank">Ana</a>, essa maravilhosa suporte já de idade avançada.<br />
<br />
Eramos três, comigo no suporte de dois tanques, uma Zarya e um Winston, todos sedentos pelo sangue de nossos inimigos.<br />
<br />
Assim que partimos para a investida final, aquele momento em que, ou ganhamos ou aceitamos a derrota, aconteceu o pior cenário possível.<br />
<br />
Os únicos restantes no campo de batalha, na floresta negra, eramos eu e uma <a href="https://playoverwatch.com/pt-br/heroes/tracer/" target="_blank">Tracer</a>.<br />
<br />
A Tracer e a Ana tem diferenças muito interessantes quanto a possibilidades em combate, por exemplo: A Tracer é, sem nenhuma dúvida, o boneco com maior movimentação no jogo inteiro, praticamente uma máquina de matar suporte, além de se teletransportar, ainda pode voltar no tempo.<br />
<br />
Já a Ana nesse caso é o suporte, que mesmo com algumas chances de vitória, está em desvantagem no combate mano a mano.<br />
<br />
Meus companheiros de equipe já logo disseram no chat do jogo: "Puts, já era né?" ou "A cara é uma Tracer boa sorte", Alguns ainda tiveram a audácia de dizer "Quero ver o Marcel matar ela".<br />
<br />
Aquilo de fato me inspirou, como ocorria em determinados momentos do jogo, aqueles onde não é exatamente você jogando o jogo, é sobre estar tão inserido na dinâmica proposta que chega a ser possível esquecer quem somos por um breve momento. Assim nos transformando naquilo que estamos controlando, no caso me tornei uma sniper idosa, sedenta por sangue de meus inimigos, da classe dos suportes.<br />
<br />
A única coisa que consegui dizer, antes de iniciar minha complexa batalha foi: "Assistam, só acaba quando termina."<br />
<br />
Então o combate teve seu início, e só quem já teve que lidar com uma Tracer uma partida inteira sabe como ela pode ser fatal e chata de alvejar.<br />
<br />
Não foi fácil, durou até tempo demais, levando em consideração o inimigo que aquela Tracer estava enfrentando, talvez tenha sido a minha insistência, talvez a falta de habilidades do outro jogador, mas sei que em algum momento, entre alguns tiros no nada e a falta de esperança crescente, me vi realmente desejoso pela vitória, acreditei em mim, eu podia fazer aquilo.<br />
<br />
Eram dois tiros, apenas dois, 75+75=150, um cálculo bem simples, mas difícil de ser atingido quando seu alvo se movimento desafiando todas as leis da física, até que aconteceu o milagre da do "Main Ana".<br />
<br />
O primeiro acerto foi como jogar gasolina numa fogueira, porém ainda não era o suficiente.<br />
<br />
Acertar o 1° projétil não significa muito se o 2° acerto não ocorrer logo em seguida.<br />
<br />
Então o segundo tiro acertou minha inimiga, com isso, todos no chat foram a loucura, não me excluindo dessa afirmação.<br />
<br />
Pude ouvir minha plateia se desculpando com os outros moradores de suas casas, meu irmão veio ver o que tinha acontecido, após me questionar eu respondi:<br />
<br />
- Basicamente eu brilhei cara! - o sorriso quase não cabia na face.<br />
<br />
<br />
<br />
Enfim essa breve narrativa de combate online em jogos chegou ao seu fim, na real isso é só uma tentativa minha de lidar com minha saudade do joguinho, espero que passe e que você tenha curtido dar uma passada por esse blog hoje, volte mais vezes e seja feliz.<br />
<br />
<br />
Ps: fui reconhecido como a "Ana lendária" durante alguns dias, foi legal demais.<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
<br />
Revisão: Theba.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br /></div>
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marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-2569276498505620932018-06-24T18:33:00.001-07:002018-06-24T18:33:46.168-07:00Intensidade O quanto de intensidade tem se feito presente em sua vida leitor? Questiono isso de forma a fazer você pensar brevemente no que essa simples palavra significa, de modo geral, sobre a nossa existência nesse planetinha azul.<br />
<br />
Veja bem, a intensidade com que absorvemos o que nos envolve, ou mesmo, com que despejamos coisas para fora de nossa casca protetora da alma, diz muito a respeito de quem realmente somos, ou ao menos, de quem pretendemos ser.<br />
<br />
Não precisa ir muito distante na busca de exemplos, assistindo algo que chama sua atenção, conversando com alguma pessoa especial para você, a intensidade pode transformar experiências descartáveis em algo memorável, em energia além da matéria.<br />
<br />
De certo a intensidade com qual nos deparamos, nos transforma, nos leva a outras possibilidades, afinal, quem nunca comeu o "melhor" pastel da vida, pós rolê insano, que atire o primeiro julgamento; então dentro desse contexto, essa postagem de forma sincera e talvez meio exagerada, narra um breve momento, breve e intenso envolvendo um bombom.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://images-americanas.b2w.io/produtos/01/00/item/125713/0/125713012_1GG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://images-americanas.b2w.io/produtos/01/00/item/125713/0/125713012_1GG.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Essa situação toda envolve um humano e um bombom, no caso o humano sou eu, como de costume nesse blog com tendências narcisistas.<br />
<br />
O bombom era o <a href="https://www.fatsecret.com.br/calorias-nutri%C3%A7%C3%A3o/nestl%C3%A9/bombom-sensa%C3%A7%C3%A3o/1-unidade/fotos/img-1172797" target="_blank">sensação</a>, isso mesmo, aquele com o liquido de morango em seu interior, aquela mistura maravilhosa de morango com chocolate, que somente ganha o significado esperado com algumas explicações, então vamos a elas.<br />
<br />
Dentro de toda residência existem dinâmicas, que somente a convivência constrói, algumas tem suas bases já estabelecidas faz anos, são basicamente regras não escritas, mas muito bem conhecidas e difundidas dentro de seu próprio contexto.<br />
<br />
Seja aquele membro da família que faz tudo menos lavar banheiro, aquela que não come determinada mistura, aquela foto em família pré rolê quase ritualística, o motorista da família, esse tipo de coisa existe, é tão real quanto o café que gostaria de estar tomando agora.<br />
<br />
Esse sensação, que de fato se destacava no meu campo de visão, entre tantos outros bomboms, ganha outro significado graças a uma dessas dinâmicas familiares, que num resumo, em prol do ritmo da narrativa seria o seguinte: O sensação tem dono, minha mãe.<br />
<br />
Essa abordagem é tão simples e respeitada no meu cotidiano, sequer conseguia lembrar o gosto desse maravilhoso bombom, isso até aquela noite no apartamento do príncipe Nick.<br />
<br />
Levando isso em consideração voltamos a cena inicial, o sensação na caixa, todo pleno em sua breve existência, o humano em pé olhando-o profundamente, tocado com aquela cena, é foi bem ai que tinha parado.<br />
<br />
Respirei fundo, agarrei o bombom e fui até o sofá.<br />
<br />
Essa maravilha intocável dentro da minha realidade já me afetava, isso antes da mordida inicial.<br />
<br />
Sentei no sofá, enquanto encarava o item em minhas mãos; como quem encara algo a muito esquecido, tomei coragem, abri a simples embalagem, mordi metade dele e fui pro <strike>caralho</strike> espaço.<br />
<br />
Minha alma quase se mudou junto com o bombom para alguma lacuna, longe de minha existência, não levaria malas nem nada.<br />
<br />
Literalmente fui além junto daquele bombom.<br />
<br />
O sabor foi tomando conta dos meus sentidos, os olhos se fecharam rápido, aquele momento me transportou para um estado de prazer alimentício que, de forma simplista e pouco apegada a detalhes; seria próximo ao meu paladar se expandir por todo o meu corpo.<br />
<br />
Quando passou essa relação "quase-sexual" dentro da minha boca pude abrir os olhos, com calma, ainda afetado pela experiencia anterior.<br />
<br />
Fitei a outra metade do chocolate com pena de terminar, aquele que estava sendo, sem dúvidas, um dos chocolates mais incríveis da minha vida.<br />
<br />
Tive que buscar auxilio com meus companheiros de rolê, em momentos de muitas dúvidas qualquer repostas pode ser útil.<br />
<br />
- Galera estou com muita dó de terminar esse chocolate. - Disse meio borocoxô, murchinho.<br />
<br />
- MARCEL, PARA TUDO. - Disse letícia, uma das companheiras na missão rolê, quase que gritando.<br />
<br />
Leticia, para fins de construção de narrativa, estava sentada na minha frente, é a princesa do apartamento onde estávamos, tinha um copo de vinho em mãos e estava de olhos arregalados enquanto continuava a falar:<br />
<br />
- Juro que não ia falar nada, mas nunca vi alguém comer um chocolate assim, com tanto prazer.- Ela mexia o corpo numa imitação de prazer exagerado. <br />
<br />
- Le, o que você viu? Exatamente. - Questionei com um pouco de medo.<br />
<br />
- Eu vi tudo Marcel, tudo. - Ela disse olhando nos meus olhos.<br />
<br />
<br />
Esses momentos onde você tem certeza que não tem ninguém te observando costumam ser perigosos, ao saber que alguém tinha assistido minha breve aventura com o bombom, fiquei completamente sem graça.<br />
<br />
Realmente tinha acontecido uma coisa especial ali, de forma alguma, tinha plateia envolvida nesse meu lance com o chocolate, após absorver essas verdades questionei:<br />
<br />
- Tudo?<br />
<br />
Vai saber de que parte ela tinha pegado a cena né?<br />
<br />
Então a resposta veio como um trem, sem planos de frear na primeira curva.<br />
<br />
A princesa tinha presenciado algo memorável em seu castelo, agora iria compartilhar com os presentes.<br />
<br />
- Marcel, você ficou encarando a caixa de bombom por alguns, vários, segundos.<br />
<br />
- Você viu tudo mesmo né?<br />
<br />
- Sim.<br />
<br />
Quando pensei estar completamente sozinho no meu momento, envolto em meus próprios sentimentos, descobri uma platéia bem atenta ao que se passava bem na sua frente, as explicações que se sucederam foram maravilhosas.<br />
<br />
Não vou entrar em detalhes, pois creio que o excesso deles poderia ser pouco pertinente, especialmente para o que se pretende com o texto; mas imaginemos o seguinte: 1° Eu estava tão envolvido no momento que nem passou pela minha cabeça alguém me observando, 2° A princesa estava num ângulo completamente favorável a contemplação, 3° Ninguém ali se programou para vivenciar algo tão intenso.<br />
<br />
Sendo assim, dentro do que compreendo como realidade, algo bem interessante aconteceu, bem ali, na simplicidade de um bombom.<br />
<br />
O que senti, não necessariamente, é o que foi visto.<br />
<br />
Da mesma forma o que foi visto, não é especificamente o que eu senti, ou seja, são interpretações sobre algo que talvez jamais possa ser compreendido em palavras.<br />
<br />
Foi a tradução de uma intensidade existencial, simples, sincera e com várias camadas de diálogos.<br />
<br />
O que só tornou tudo muito mais interessante. <br />
<br />
Naquela noite, dentro do castelo, um chocolate trouxe a tona toda uma reflexão sobre a vida e seus vários aspectos maravilhosos.<br />
<br />
Essa breve situação, narrada em seus detalhes mais pertinentes chegou em seu momento de conclusão. Se posso deixar uma dica para você, que se deu ao trabalho de ler toda essa baboseira, quero dizer o seguinte: Com ou sem toda essa intensidade, as coisas ao seu redor podem ser diferentes, sempre podem. Pense nisso da próxima vez que você comer um bombom.<br />
<br />
<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
<br />
Revisão: Theba.<br />
<br />
Ps: Eu terminei de comer a outra metade do chocolate com a certeza que tinha alguém me observando, não foi tão mágico da segunda vez.<br />
<br />
<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-8471303220316146532018-06-06T17:11:00.000-07:002018-10-22T16:17:21.262-07:00As surpresas do rolê As vezes me sinto um idoso em vários aspectos da minha vida, coisas simples que expostas à uma analise, se provam falhas dessa minha "juventude" projetada para ser uma loucura muito louca.<br />
<br />
Creio que nunca pedi nada pelo Ifood, não faço ideia de como os componentes do meu computador se organizam para funcionar, as vezes apanho para colocar legenda nos negócios que estou assistindo, enfim, uma vergonha para toda uma classe; os jovens.<br />
<br />
Na realidade muitas informações me escapam, principalmente no que diz respeito ao funcionamento do mundo como um todo, informações simples, porém cruciais.<br />
<br />
O que deve ser normal a toda uma parcela da população, mesmo ainda existindo quem acredita conhecer demais - quanta prepotência da parte deles.<br />
<br />
Sempre tem alguma piada ruim para aprender, outras formas de fazer merda, de ser multado, o conhecimento é infinito na mesma medida que sua capacidade de fazer merda.<br />
<br />
Porém a postagem de hoje não é sobre nada disso, na verdade ela é sobre um motorista de Uber que se deixou levar por uma boa conversa e se tornou uma lenda em meu coração.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Demorei alguns segundos para entender que o carro parado duas casas da minha era meu Uber, estendi a mão para ele, rapidamente veio e parou.<br />
<br />
Já dentro do carro e com os devidos comprimentos sociais básicos executados o questionei:<br />
<br />
- Cara tem como parar no banco da avenida? Preciso de dinheiro para te pagar, me parece importante sabe.<br />
<br />
- Claro que paro, sem problemas.<br />
<br />
Iniciamos nossa viagem, o motorista se chamava Paulo e a primeira pergunta que ele fez foi sobre futebol.<br />
<br />
A princípio, imaginei que o papo duraria segundos; que seria basicamente eu decepcionando o paulo por não saber a escalação da seleção, além do meninoney.<br />
<br />
Porém foi ai que me surpreendi, quando literalmente pensamentos bem similares aos meus saim de outro ser humano, sobre o esporte que move nossa nação, independente de para qual direção.<br />
<br />
A parada de não julgar o livro pela capa é realmente traiçoeira.<br />
<br />
Seguimos conversando, um papo tranquilo, ambos expondo suas opiniões sobre o mundo e a galera que transita por ele.<br />
<br />
Falamos sobre pessoas que não existem, pessoas que são projeções do que gostariam de ser, mas que de fato são uma mentira bem contada, sobre não termos grandes aspirações quanto a dinheiro, que somos pessoas tranquilas com várias situações que a vida nos impôs, enfim, um assunto me chamou atenção e tive que ser mais específico em meus questionamentos.<br />
<br />
- Mas Paulo, se você tem um emprego maneiro e a grana não é o foco, o que você está fazendo dirigindo pela cidade?<br />
<br />
- Estou fugindo da minha mulher, Marcel.<br />
<br />
Nesse ponto estávamos, praticamente, íntimos; tentei me controlar mas não consegui, minhas risadas tomaram conta de seu carro, vi que ele ficou sem graça e prossegui:<br />
<br />
- Como assim "fugindo"? Paulo, ela quer te matar?<br />
<br />
- Não exatamente, talvez queira, não tenho certeza.<br />
<br />
Em meio as suas explicações quanto aos seus problemas de relacionamento, nosso destino ficava mais próximo, a não ser pelo pequeno detalhe que nos perdemos.<br />
<br />
A falta do GPS somados com a minha falta de senso de direção, resultou numa situação meio triste, começamos a rodar por ruas aleatórias, sem muitas esperanças de encontrar o caminho.<br />
<br />
Deixei claro que horário não era um problema, que poderíamos procurar a moda antiga, questionando estranhos na rua.<br />
<br />
Dentro da minha cabeça, me encontrava feliz, ao ouvir ele abrir seu coração com sinceridade, achei intrigante, poético de certa forma.<br />
<br />
As vezes é tão complexo falar sobre o que sentimos, que se faz necessário apelar para um estranho no banco do passageiro.<br />
<br />
Saímos em buscas de um direcionamento, passamos por velhos, postos de gasolina, até encontrarmos uma senhorinha; muito simpática por sinal.<br />
<br />
Interrompemos seu passeio com o cachorro em busca de uma luz, de respostas, foi ai que o mapa perfeito, nos foi entregue, daqueles que você gasta muita gold no RPG para ter acesso.<br />
<br />
Chegamos ao nosso destino rapidamente com o direcionamento correto, assim que paramos de frente ao ponto final de nossa, nem tão breve, jornada; me senti no direito de falar alguma coisa para ele.<br />
<br />
Algo que talvez eu gostaria de ouvir, caso estivesse na situação dele.<br />
<br />
Uma ideia para ele pensar no caminho de volta, respirei fundo e disse, olhando no olhos dele:<br />
<br />
- Paulo, nos conhecemos a tipo uns 15 minutos, mas acredito que devo dizer isso pra você antes de sair desse carro.<br />
<br />
- Pode falar. - Respondeu sereno.<br />
<br />
- Sei que é muito fácil dar opiniões estando de fora, mas se posso dizer algo sobre essa situação que você está cara, é o seguinte: Adquira conhecimento. Transforme sua realidade a partir disso, para algo menos pior, talvez aceitável, não sei, mas tenta transformar "isso", em outra coisa a partir do conhecimento que você adquiriu da situação anterior. <br />
<br />
- Nossa Marcel, vou pensar nisso sim.<br />
<br />
- As coisas sempre podem mudar Paulo, nunca duvide disso.<br />
<br />
Depois do meu momento livro de auto ajuda, fui pegar minha carteira, naquele momento a magia aconteceu.<br />
<br />
Nenhum cenário, por mais otimista que pudesse ser, envolvia o que acontecia bem diante de meus olhos.<br />
<br />
Essas coisas mexem comigo, sério fiquei emocionado.<br />
<br />
O dinheiro já metade pra fora da carteira, aquele movimento lento, sendo dividido em vários frames, esticado pela tristeza do seu dinheiro ir embora. <strike>caralho que mão de vaca</strike> foi interrompido por uma frase que até agora me custo a crer que foi comigo:<br />
<br />
- Marcel, o papo foi bom demais, essa é por conta da casa, deixa pra pagar a volta.<br />
<br />
Mesmo gostando muito do que ouvi, questionei devido aos meus próprios princípios monetários, ainda com o dinheiro "meio" tirado da carteira.<br />
<br />
- Paulo, isso é real? Digo vou guardar minha grana, descer do carro e você vai seguir sua viagem? Você está certo disso?<br />
<br />
- Não tenho dúvidas quanto a isso.<br />
<br />
Assim meu dinheiro voltou para dentro da carteira, agradeci ao Paulo por seu momento de gentileza, ele prontamente buzinou e seguiu pelas ruas ingratas de nossa cidade.<br />
<br />
Nessa tarde Paulo se tornou uma lenda, algo que jamais esqueceria, uma corrida grátis no Uberx.<br />
<br />
<br />
Imagino que você esteja se perguntando, agora que a postagem chegou ao fim, algo do tipo: " Nossa Marcel que interessante, olha como você deu essa volta toda para discorrer sobre adquirir conhecimento, como você é #topzera né cara.", então, isso até pode estar correto, mas meu desejo mesmo era propagar essa história para o máximo de pessoas possíveis.<br />
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Ass: M.O.P.<br />
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Revisão: Theba.<br />
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<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-14710061142114234482018-06-01T21:43:00.001-07:002018-08-05T08:45:12.769-07:00 Revisada de nada #3: Até que dá pra deixar esse título Olá, amiguineos. Sim, essa foi minha primeira ideia de como dar oi pro leitor.<br />
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Bem, continuando minhas divagações malucas (que sofreram uma pausa semana passada), hoje vou comentar sobre a vida util do ciclo de clichê, como a cultura de choque afeta isso e deixar o Bruno* perguntando mais uma vez onde eu tô querendo chegar.<br />
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<a name='more'></a><br /><br />
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Vamos primeiro para a revisada dentro da revisada: No primeiro post eu falei sobre o clichê e sua versão mais nova, o anti-clichê. O clichê, dado como um molde pelo qual muitos aspectos da mídia são feitos decididos e o anti-clichê, a tentativa de quebrar esses moldes. Já na segunda postagem, teorizei sobre a “cultura de choque”, uma situação onde, na ânsia por algo novo, o criador usa de coisas que causariam choques, seja pela cultura do lugar ou o quanto foge do clichê (olhái, assim se cria o anti-clichê). A ideia de usar algo chocante, algo incrível e assustador não é, ironicamente, algo incomum. Esse movimento é chamado, por mim, de “cultura de choque”. A cultura de choque é o combustível que cria então, o anti-clichê.<br />
<br />
O anti-clichê, aparecendo cada vez mais na mídia, se torna um novo clichê e o ciclo começa novamente, onde o novo clichê envelhece e logo será combatido pelos novos criadores e seus choques.<br />
<br />
Pra onde isso nos leva? Pro mesmo lugar de sempre, um fim.<br />
<br />
Vamos agora a ultima (e pior?) parte da trilogia que ninguém pediu:<br />
A saturação Final.<br />
<br />
É Isso mesmo, eu quero falar sobre algo que todo mundo já sabe e o porque ela vai acontecer no final das contas. A saturação Final é, como o nome diz, o final. O final do ciclo, onde o clichê e o anti-clichê são tão próximos um do outro que acabam por terem o mesmo peso.<br />
<br />
Chegou a hora dessa parte, essa mesmo:<br />
Você pode estar agora pensando “Tá, mas isso seria então o fim de material novo? É isso mesmo?”<br />
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tsc tsc tsc. Meu jovem, sua inocência me deixa até sem jeito. A Saturação Final na verdade não é tão final. Ela ocorreu e ainda vai ocorrer algumas vezes durante nosso tempo de vida.<br />
<br />
A fonte de DuChamp, Star Wars, O vocabulário de Shakespeare e a invenção da radio novela são, com seus devidos méritos, recicladores de ciclos. Talvez você possa dizer que Saturação é a criação de um “Super clichê” onde as coisas novas e diferentes são extremamente similares, seguindo os mesmo moldes e quebras de moldes. Algo que restaura o ciclo, uma ideia que muda como o ciclo funciona, é o que revive a mídia. A fonte de DuChamp foi um grande marco do movimento Dadaísta, justamente por causar um choque acima do normal, por quebrar o ciclo. Esses são os recicladores de ciclo, obras que causam um impacto muito maior que o de um trabalho dentro do ciclo. Expandido o conteúdo do ciclo mais uma vez, criando espaço para novas obras mais uma vez. <br />
O grande desafio de criar um reciclador de ciclo não é simplesmente ter a ideia, mas saber lança-la ao público de um modo que a obra seja de fácil apreciação. Star Wars, juntando a magia de um mundo sci-fi e alguns clichês que traziam uma sensação de familiaridade ao público, cresceu e criou seu próprio nicho, seus fãs e seu próprio “clichê”. Um reciclador de ciclo, assim como um anti-clichê, eventualmente se transforma o que destruiu, tomando seu espaço em um mundo liderado por clichês.<br />
E em término, gostaria de agradecer a todos que tiveram saco de ler isso tudo até o final. Escrever sobre minhas teorias é algo que sempre tive vontade e ter uma plataforma onde publicar isso tudo é ótimo.<br />
<br />
A corrida para o novo reciclador de ciclos está sempre próxima, a obra que vai mudar o jogo pode já até ter aparecido, fiquem tunados e não se esqueçam de hidratar.<br />
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PS: Conclui falando nada mesmo mas tá tudo bem<br />
PPS: Jesus cristo, são duas da manhã, eu tô morrendo<br />
PPPS: Eu queria falar da DreamWorks e de Como Treinar Seu Dragão 3, mas eu só ia ficar salgado porque essa merda é puro clichê fraco, por mais que eu ame clichês toscos.<br />
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*Pra quem não conhece esse garoto abençoado, uma pena pra vocêsThebahttp://www.blogger.com/profile/03858826427827630160noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-70553740752885080442018-05-25T18:03:00.000-07:002018-08-05T08:42:56.714-07:00Enrolei pra postar<link href="https://fonts.googleapis.com/css?family=Lobster" rel="stylesheet" type="text/css"></link>
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<h2 style="color: purple; font-family: lobster;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></h2>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">
Por motivos de bad vibes, acabei não escrevendo nada pra postagem de hoje, segue uma história velha minha: </span><br />
<span id="fullpost">
</span>
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<h4>
<span id="fullpost">
<a name='more'></a></span></h4>
<h4>
<span id="fullpost"><span style="font-size: large;"><u><b> Cor</b></u></span></span></h4>
<span id="fullpost">
Era uma manhã como qualquer outra, José tomou seu café da manhã como fazia todos dias, vestiu sua roupa, arrumou seu velho relógio de pulso que ainda usava corda e saíra de casa. Não demorou muito, logo após sair de casa, que José percebeu algo estranho. Seus pés e mãos continuavam os mesmo, sua roupa também mas… Não via em si mesmo nenhuma cor. Enquanto todo o mundo parecia não ter mudado, José se encontrava agora monocromático, sem cor ou conteúdo. Fez sua via sacra pessoal diária, passando por motoristas folgados, cobradores lerdos e passageiros espaçosos até chegar no seu trabalho de sempre. Era, compulsivamente, o primeiro a chegar todos os dias. Não tinha muito o que fazer em casa mas ter o escritório inteiro silencioso e calmo por alguns minutos era seu pequeno paraíso pessoal. Sentou em seu cubículo e organizou suas atividades do dia mentalmente, nada parecia ter mudado tirando sua falta de cor. Seus colegas chegaram, sentaram-se como sempre e passaram por ele. José não tinha o costume de cumprimentar ninguém, muito menos ser cumprimentado. Não sentia falta disso, mas pensava que talvez isso tenha sido o motivo de tomar a rotina que sempre tomava.<br />
<br />
O dia passou, José continuava sem cor e seus colegas não pareciam ter prestado atenção o suficiente nele pra sequer notar. Era o último a sair do escritório, apagando as luzes e o escritório e olhando para o escuro silêncio que tinha como “até mais” de mais um dia de trabalho. José só então percebeu que não tinha sequer dito uma palavra o dia inteiro, sua garganta já desacostumada com suas cordas vocais, repetiu alguns “Bom dia” e “Boa noite” antes de seu ônibus chegar. Ele tinha, então, decidido que sua falta de cor não seria um problema se ninguém tivesse percebido, talvez uma noite de sono e finalmente cumprir com sua promessa de arrumar sua dieta o ajudariam com isso. José então dormiu e teve sonhos incríveis e maravilhosos que facilmente voltaram a se esconder de manhã. José passou outro dia sem cor, novamente tentando pensar que isso tudo seria só acúmulo de stress ou sono. José novamente fez tudo como no dia anterior, continuou a rotina até chegar o fim de semana.<br />
<br />
Aos fins de semana, José visitava o parque. Não tinha cães ou alguém com quer fazer um piquenique mas se sentia confortável na luz fraca do sol da manhã e no som de pássaros cantando, tomando conta pra não ser percebido pelos outros. José tinha grande medo de parecer estranho aos outros e teve grande alívio quando percebeu que só tinha se tornado monocromático pra ele mesmo. Logo no horário de almoço, José vai ao mesmo café e pede a mesma ordem, mas dessa vez é surpreendido com uma pequena mudança. O novo barista (José prefere atendente, por soar menos “pomposo”) parecia não apenas mais radiante mas parecia, por algum motivo, ter as cores de José. José seguiu a rotina, roubando olhares ao atendente de tempos em tempos e tomando cuidado pra que o mesmo não veja sua falta de cor. Percebeu que o barista não parecia ter muito mais que 20 anos, tinha pelo menos um braço coberto de tatuagens e um sorriso cativante, ou pelas palavras que José resolveu usar, chique. Passou mais tempo no café do que era de costume, até perceber que não só tinha acabado seu café minutos atrás, tinha perdido o horário em que os cachorros costumam passear no parque. Saiu do café frustrado, e curioso, mas principalmente frustrado.<br />
<br />
<i>“Oras, quem ele acha que é pra pegar a cor dos outros.”</i><br />
<br />
Foi então pra casa, cozinhou o arroz e feijão de todos dias e se preparou para deitar, levando um longo tempo no espelho do banheiro anotando cada cor que ele tinha antes de isso tudo acontecer. <br />
<br />
A semana passou novamente, sem nenhuma mudança ou diferença e o final de semana então chegou novamente. José colocou sua roupa mais colorida, agora sem cor, e trotou pra fora de casa, determinado a falar algo dessa vez. Mas… O quê? José não conseguia pensar em falar qualquer coisa, seus olhos arregalando um pouco só com a ideia de confrontar alguém por um motivo tão maluco quanto esse. José, agora de frente para o café olhava o lugar de cima a baixo, como se alguma dica fosse ser dada no letreiro simplório ou nas janelas ainda com os adesivos anunciando promoções que já foram. No final, decidiu tomar seu tempo no parque, aproveitando o sol até que a fome viesse. O sol hoje parecia estar quente demais, os pássaros uma cacofonia de barulhos irritantes. José procurava o motivo disso tudo e decidiu que o motivo era sua falta de sono, graças a sua falta de cor. “isso é tudo culpa dele! Como ele sequer conseguiu roubar isso?” José protestava em um monólogo. Não demorou muito pra que sua ansiedade, junto de uma pequena fome o fizesse andar confiante até o café.<br />
<br />
Confiante até passar pela porta, onde o barista continuava… Colorido. Seu cabelo levemente bagunçado e seu sorriso automático de quem trabalha ainda mais nos finais de semana radiava como um farol. O barista parecia perceber os olhos de José, tanto que até por meio segundo parecia esquecer o que precisava fazer. José tomou seu tempo, queria ser atendido por aquele barista e quando finalmente teve a chance, resolveu pedir algo maior do que tem costume, assim poderia encarar e tentar entender aquele ladrão ainda mais. Pediu então, além do simples cappucino, um combo de café da manhã e uma sobremesa, pra comer ali mesmo. Sentiu o olhar do barista nos seus próprios olhos e por pura pressão interna, desviou o olhar. Sentia o sorriso do Barista, o sorriso de dentes retos e brancos desse maldito ladrão. Viu o mesmo escrever algo num papel antes de o entregar, junto da nota (que josé guardava numa caixa de sapatos em casa) e o troco. José esperou sentar no banco, ao lado da janela e próximo da porta, como de costume. Preparou sua mente e resolveu ler depois do café da manhã. Não queria enfrentar algo que talvez seja perigoso de estômago vazio, não conseguia imaginar o que poderia ser mas tinha certeza que não seria algo bom.<br />
<br />
José tomou seu café da manhã, respirou fundo, foi no banheiro e levou com ele o papelzinho. Respirou fundo e finalmente leu:<br />
<br />
<i>“urgente! frente do café <b>18h</b> hoje!!”</i><br />
<br />
<br />
O “18h” destacado no papel parecia mais um sinal de ameaça. O rosto de José inicialmente enrubesceu de raiva, pensando na tamanha sem vergonha do ladrão de ainda pedir mais. Não passou muito tempo até José finalmente repensar a proposta e imaginou o que mais alguém como ele poderia fazer. Resolveu então esperar no parque, pelo menos ali ele teria mais chances de fugir. O horário passou, José aproveitando o tempo ali pra ver cenários que não tinha visto antes. As tias da ginástica que passam por ali mais barulhentas do que nunca, outros cães, as sombras em novos ângulos e até mesmo as luzes acesas na praça. Dez pras seis, José ficava cada vez mais assustado, não tinha ideia o que esperar.<br />
O que ele não esperava era o Barista o encontrar antes dele encontrar o Barista. Sentiu uma mão no seu ombro e virando bruscamente encontrou o barista, colorido como sempre, também assustado. José já se prontificou a interrogar o ladrão:<br />
<br />
- O que você quer afinal?<br />
<br />
O Barista se deparava com esse homem de óculos, cabelo alisado, aparência de um rato encurralado e uma voz mais agressiva do que esperava. José abriu a boca pra falar novamente mas dessa vez o Barista foi mais rápido:<br />
<br />
- Devolve. - Disse o barista estendendo a mão.<br />
<br />
- Quê? - Disse o homem de óculos.<br />
<br />
- M-Minhas cores.<br />
<br />
- Mas foi você que roubou as minhas!<br />
<br />
Os dois pararam por dois segundos, tentando descobrir qual seria aquele que estava mentindo. José finalmente deu alguns passos pra trás e pegou uma certa distância entre ele e o Barista.<br />
<br />
- Qual seu nome?<br />
<br />
- Adriel… O seu?<br />
<br />
- José.<br />
<br />
- Quer… sentar um pouco?<br />
<br />
- Parece bom.<br />
<br />
Os dois, quase que em sincronia se sentaram de lados opostos do banco, se encarando, um pouco com curiosidade, um pouco com receio.<br />
<br />
- Como você fez isso? - Perguntou José<br />
<br />
- Isso o quê?<br />
<br />
- Roubar… minhas cores assim, eu nem sabia que elas eram minhas.<br />
<br />
- Eu não roubei nada! Você que tá com as minhas.<br />
<br />
- Verdade, então por que eu tô com minha roupa mais colorida e ainda assim tô preto e branco?<br />
<br />
Adriel visivelmente tentou segurar o riso e não conseguiu. Olhando o homem de óculos de cima abaixo e finalmente entendendo o porque ele parecia estar vestido mais como um palhaço, do que como um secretário. <br />
<br />
- Desculpa, desculpa - falava gesticulando com uma mão enquanto a outra ficava sobre a boca<br />
<br />
- O que foi?<br />
<br />
- Você já é bem mais colorido que qualquer pessoa e com essa roupa eu jurava que você tinha vindo rir da minha cara me mostrando tantas cores<br />
<br />
- Espera… Como assim “Mais colorido que os outros”? Você que parece um farol de tão colorido.<br />
- Ah, é? Não sou eu que vim de patatí!<br />
<br />
Adriel ria ainda mais, José tentou ficar bravo mas acabou por rir também, os dois riram sozinhos naquele parque, com apenas os pássaros e as cores um do outro os acompanhando. Demorou um pouco até que os dois parassem de rir, olhando um pro outro. José foi o primeiro a falar.<br />
<br />
- Bem, parece que eu me acostumei com a sua cor. - falava enquanto ria baixo, finalmente levando suas mãos até o rosto e limpando os olhos. - Espera… <br />
<br />
José revirava suas mãos, parando só pra olhar pro Baris- Adriel de novo. Seu corpo parecia um pouco opaco mas ele sabia que suas cores estavam voltando! Acizentadas e velhas mas as suas cores ainda assim. Viu que Adriel sorria enquanto olhava pras suas tatuagens, admirado.<br />
<br />
- Como você fez isso? - Os dois falaram juntos.<br />
<br />
- Espera, você não vê suas cores e eu não vejo minhas cores, certo? <br />
<br />
- S-Sim, mas eu consigo ver o que eu tô vestido agora… um pouco.<br />
Talvez se passarmos mais tempo juntos isso se resolva então, certo?<br />
<br />
José se desesperou e nem sabia o porque, olhou rapidamente pros lados e voltou a encarar Adriel.<br />
<br />
- Eu trabalho durante a semana.<br />
<br />
- Bem, eu tô livre depois das 18h todo dia!<br />
<br />
- Hm. - O homem de óculos maquinou seus horários, contando com os dedos o seu tempo e o quanto poderia gastar indo até o café todos os dias. - Ok! Toda quarta-feira aqui além dos finais de semana?<br />
<br />
- Maravilhoso, meu amigo.<br />
<br />
José e Adriel então começaram a sua rotina, cada dia consumindo mais tempo um do outros. Todas as quartas se tornaram todos os dias. Trocaram de número, se cutucavam o dia todo, trocaram problemas, ajudaram um ao outro. Só se viram usando preto e branco quando já no altar, alianças em mãos. José agora mal via as próprias cores, mesmo que elas estivessem lá, muito ocupado em ver as cores do dia-a-dia. <br />
<br />
<br />
<br />
PS: Eu não revisei isso<br />
PPS: Eu perdi a estilização de texto que o MOP me passou então eu fiz essa daí<br />
PPPS: Feliz dia da gloriosa revolução da rua de Treacle
</span>Thebahttp://www.blogger.com/profile/03858826427827630160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-84864477312966575392018-05-22T08:47:00.000-07:002018-05-22T08:47:36.231-07:00Aprendendo SEMPRE Ontem logo pela manhã, travei a segunda parte de uma batalha épica com meu chuveiro. O bendito estava pingando onde não deveria, ou seja, em meio a água quentinha caiam singelas gotas geladas na espinha; parecia o Hyoga de cisne me fazendo carinho durante o banho, fato esse que só ocorreu devido a falta de conhecimento de quem o instalou, que no caso é o Marcel do passado, que até a primeira parte dessa batalha épica, nunca tinha enfrentado nenhum inimigo desse porte.<br />
<br />
Após algumas adversidades, de parafusos perdidos no ralo a dificuldades com as ferramentas disponíveis, consegui colocar o chuveiro para funcionar como deveria, no processo ainda aprendi várias coisas para batalhas futuras. Aprendi o que é "vedar uma rosca", aprendi onde fica o fio terra, aprendi a ter cuidado com parafusos pequenos, enfim, aprendi. Isso me deixou pensativo sobre como qualquer coisa pode ser levada como aprendizado em nossas vidas, até uma batalha contra um chuveiro pode ser uma oportunidade para adquirir conhecimento, para transformar nossa realidade a partir do conhecimento, enfim, esse texto não é sobre essa batalha épica, menos ainda sobre adquirir conhecimento, mas sim sobre uma aventura de um jovem garoto em conflito com suas necessidades fisiológicas.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Se você tem parentes mais novos que você, frequentadores de parquinhos e campinhos de areia, crianças no geral, e também já está pronto para assumir certas responsabilidades, fica óbvia a missão de cuidar da galera mais nova.<br />
<br />
É uma breve folga dos pais, acontece bastante quando você é o primo mais velho, o irmão mais velho, enfim, se você é aquele meio termo entre confiança e a falta dela, com certeza você será o escolhido.<br />
<br />
A gangue que se dirigia para o parquinho consistia em cinco crianças e dois adolescentes. Um dos adolescentes era o autor dessa crônica, o outro era Sr. C, que estava muito mais preocupado com o almoço que se aproximava do que com a segurança das crianças.<br />
<br />
Chegamos, após caminhar em chão de terra, passar por poucas casas, aquele típico cenário do interior de SP, os olhos das crianças brilhando mais que o sol das 11.<br />
<br />
Assim que explicamos os riscos que aquele parquinho poderia oferecer, dispararam como jovens ao notar que falta 30 minutos para encerrar o "open-bar".<br />
<br />
Encontramos o banco mais próximo, estrategicamente posicionado para observar a gangue da sombra, enquanto eles se aventuravam naquele vasto parquinho minúsculo.<br />
<br />
Eles estavam se divertindo, nós discutíamos o quão perigoso é o trepa-trepa, e também o fato inacreditável da maioria das crianças sobreviverem a essa fase, cheia de riscos velados, em meio a essa discussão nem percebemos um dos membros da gangue se aproximando, o LG.<br />
<br />
Só para fins de esclarecimento, o LG se chama Luís Guilherme, é um dos mais novos da gangue e claramente o mais estressado, mesmo isso não fazendo nenhum sentido, afinal, ele nem imagina o que o aguarda daqui alguns anos.<br />
<br />
Outro fato importante para a construção desse personagem importantíssimo é: Ele é a criança escolhida da gangue, aquela que ninguém leva a sério, aquela que aflora a criatividade da família, o pobre LG era o nosso velhinho de 8 anos, assim que ele estava perto o suficiente para falar ele gritou:<br />
<br />
- TIO MARCEL!<br />
<br />
- Oi LG o que você precisa cara? - Respondi depois do breve susto.<br />
<br />
- Preciso ir no banheiro. - Ele se contorcia enquanto se esforçava para falar.<br />
<br />
- LG acabamos de chegar, não tem banheiro aqui, faz no matinho ali, ninguém vai ver não.<br />
<br />
Levantei, coloquei minhas mãos no ombro do LG, virei ele em direção ao mato mais próximo e disse:<br />
<br />
- Vai que é tua LG, você consegue cara.<br />
<br />
Assim que ele se afastou, ainda se contorcendo, Sr. C me questionou sobre o grau de parentesco entre nós, após uma explicação completamente tosca do tipo: " Sei lá cara, minha vó é irmã da vó deles, aonde eu entro nessa história? Nunca saberemos.", LG novamente estava no nosso campo de visão, dessa vez claramente desesperado, se segurando para não explodir ele disse:<br />
<br />
- Tio Marcel preciso muito ir ao banheiro, eu vou morrer se não for.<br />
<br />
Foi ali que percebi que o pobre LG estava passando por uma situação, levemente mais difícil do que o imaginado, não era exagero, o garoto estava passando mal.<br />
<br />
Novamente me levantei, abaixei para ficar na mesma altura e o questionei:<br />
<br />
- LG acabamos de chegar, banheiro só lá na casa, para voltar tem que ser todo mundo junto, seus primos vão encher seu saco o caminho todo, você tem certeza disso?<br />
<br />
Antes de continuar essa conversa LG respirou fundo, se concentrou, chegou pertinho do meu ouvido e disse com a calma que só o desespero verdadeiro pode trazer para o ser humano:<br />
<br />
- Tio Marcel eu quero cagar.<br />
<br />
Ouvi a suplica do meu quase-parente, e entendi os motivos de seu comportamento de quem está prestes a se cagar em público.<br />
<br />
De fato ele estava quase lá.<br />
<br />
Reuni a gangue rapidamente, já deixando claro os motivos de ir naquele momento, todos entenderam, reclamaram bastante e se preparavam para partir, mas aparentemente o próprio LG não entendia certas questões simples de tempo-espaço.<br />
<br />
Em meio a suas reclamações, que já se tornavam tão presentes quanto nossos passos, o Sr. C se manisfestou:<br />
<br />
- Cara sério, precisamos ajudar essa criança.<br />
<br />
- Eu sei mas o que eu posso fazer? Ele não vai cagar no mato, a única solução é chegar na casa.<br />
<br />
- Para Marcel pensa em alguma coisa, abre a boca e deixa ele cagar dentro, sei lá, ajuda ele cara.<br />
<br />
Sr. C queria soluções, não questionamentos.<br />
<br />
Foi ai que tive uma ideia, que nesses momentos onde se está próximo a pessoas em formação, sem muitas barreiras sociais ou psicológicas, qualquer ideia parece muito boa.<br />
<br />
Consegui reunir a atenção de todos os membros da gangue, e perguntei:<br />
<br />
- Todo mundo aqui assistiu Dagonball?<br />
<br />
- SIIIIIM.- Responderam todos para matar o Tio Marcel de orgulho.<br />
<br />
- Tio Marcel quero muito cagar, não quero saber de desenho - Esse era o LG se concentrando ao máximo para não fazer isso em sua cueca do homem-aranha.<br />
<br />
- Calma que eu vou chegar lá, quero que todo mundo repita o que vou fazer agora. <br />
<br />
Reuni toda a minha falta de vergonha na cara, me posicionei igual a um respeitoso Sayajin, punhos fechados próximos ao estomago, me concentrei e gritei o mais alto que pude:<br />
<br />
- EU QUERO CAGAAAAAAR- tomei ar e gritei novamente - EU QUERO CAGAAAAAAAAR.<br />
<br />
As crianças estavam me olhando como quem olha uma árvore falante com asas, uma mistura de medo e fascínio, Sr. C passando mal de rir, se concentrou e repetiu a manobra, com menos intensidade mas com sinceridade.<br />
<br />
Mais alguns segundos foram necessários para a gangue entender o que estava acontecendo, até que o próprio LG gritou, com toda a força de seu pequeno pulmão:<br />
<br />
- EU QUERO CAGAR.<br />
<br />
Aquele grito veio do mais profundo daquela pobre criança, não era exagero dizer que foi o grito mais belo que já presenciei, algo próximo a materialização dos desejos da alma por meio de gritaria, após isso todos foram pegos por essa vontade incalculável de gritar.<br />
<br />
Eu tinha criado um momento que provavelmente jamais será esquecido, toda a gangue gritava e ria, alguns em meio aos gritos engasgavam devido a espasmos involuntários, riam e gritavam.<br />
<br />
LG estava levando aquilo tão á sério que parecia um vocalista de banda trash.<br />
<br />
Aparentemente toda essa situação desviou a atenção deles e conseguimos chegar em nosso destino, claramente chamando mais atenção que o esperado, quem veio abrir o portão estava com os olhos arregalados para com toda aquela baderna feliz.<br />
<br />
LG ainda gritava antes do portão abrir, assim que a passagem se mostrava a frente dele, respirou fundo e correu, no meio do caminho parou, se concentrou e deu seu último grito:<br />
<br />
<br />
- EU QUERO CAGAAAAAAAR - continuando sua corrida rumo a privada, como um orgulhoso guerreiro.<br />
<br />
Todas as crianças já tinham passado pelo portão, Sr. C ainda se recompondo me diz com lágrimas nos olhos:<br />
<br />
- Você é um gênio, estou passando mal aqui.<br />
<br />
-Não sou gênio não cara, sou apenas um idiota com platéia, só isso.<br />
<br />
<br />
Bom esse texto chegou ao fim, não sei se alguém, além dos envolvidos na história, aprenderam alguma coisa, mas espero a sua presença nessa nova tentativa de retomada do blog, agradeço se você deixar um comentário e nos vemos na próxima postagem.<br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: 14.85px;">Ass: M.O.P.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: 14.85px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: 14.85px;">Revisão: Thebis</span><br />
<br />
<br />
PS: Ninguém na casa entendeu direito o que aconteceu.<br />
<br />
PPS: LG se tornou uma lenda após a explicação do ocorrido.<br />
<br />
PPS: Os pais do LG me saldaram como um herói naquela manhã.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-3151432057818017872018-05-17T22:07:00.000-07:002018-08-05T08:30:48.051-07:00Atualizações de madrugada são legais<h1>
Revisada de nada #2:</h1>
<h3>
Esse nome provavelmente não é o nome final </h3>
Olá, alô e eae. Como prometido a ninguém, resolvi continuar com meu post que comecei semana passada. Comentei sobre o clichê e seu sucessor, anti-clichê, que eventualmente seguira os passos de seu antecessor e se tornara o novo clichê.<br />
<br />
Tenho então agora, um (quase) perfeito ciclo de idas e vindas sobre como clichês e anti-clichês funcionam. O próximo passo é explicar o que é a:<br />
<br />
Cultura de Choque<br />
<br />
Você pode agora estar se perguntando: "Cê não escreveu isso errado? O certo é choque de cultura" ou até mesmo já ter ouvido isso de mim ou outra pessoa. Deixe me então explicar o que é, na mente desse autor perturbado ao qual lê, o que é a cultura de choque:<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br /><br />
<br />
Tudo começa quando, depois de tanto ver as mesmas coisas, falar os mesmo assuntos ou comer a mesma coisa, alguém decide jogar tudo pro teto. Os nerdões do fundo e os musicistas sem amigos já vão sorrir e dizer "Ah, mas é claro, inventores e compositores revolucionários". Bem, você pode dizer que isso está incluido, afinal, a lei de Sturgeon nos indica que, pelo menos uma parcela de tudo, pode ser bom (eu vou citar a Lei de Sturgeon bastante e como se fosse algo científico, já peço desculpas). Mas, como tudo, não se resume apenas as boas tentativas mas ao coletivo, isso é, a população geral que também quer criar algo incrível, novo e diferente. Essa corrida pelo diferente, novo e que não seja aquela mesma piada que você ouviu a semana passada, vem com a necessidade de puxar a atenção da clientela.<br />
<br />
Agora temos a corrida pelo diferente e ainda não expliquei o que é cultura de choque. A cultura de choque não é nada mais que o próximo passo dessa corrida. O choque, ou melhor, uma situação chocante, costuma ser o que nos prende a algo. Exemplos de coisas "chocantes" que nos focam é:<br />
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<ul>
<li>Violência</li>
<li>Explosões</li>
<li>Romances</li>
<li>Sexo</li>
<li>E no caso do brasileiro, futebol</li>
</ul>
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E é nisso que muitos apostam, no choque! No terror!<br />
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Um exemplo interessante a se dar é o clipe que explodiu em todo canto: This is America de Childish Gambino. O vídeo tem de um pouco tudo: Violência, críticas, barulhos altos e um clipe cheio de simbologia pra todo mundo criar suas próprias teorias.<br />
<br />
Como sempre, essa é a hora que eu boto palavras na sua boca: "Mas theba, então a cultura de choque é isso? É só criar coisas que nos assustam ou surpreendem?"<br />
<br />
Não não não, caro leitor. A cultura de choque é a repetição de cenas "chocantes" de modo que o choque se torne comum. Algumas coisas que não deveriam, trazem choque, como o casamentos gay ou o marcel tirando meu acesso ao blog depois desse post. Temos então, duas facções de mídia: (e outras coisas, mas vamos focar em mídias) as pessoas que seguem a cultura de choque, que se entretem com o que veem e as que não. Nós temos então, as duas facções: Choque e anti-choque.<br />
<br />
As armas do Anti-choque são, irônicamente, coisas que chocam a população de modo diferente. Agora temos,o anti-choque e sua tentativa de destruir a cultura de choque atual e estabelecer uma nova e o grupo que se sente confortável com a cultura atual. Isso pode se tornar racial, discussão de gênero ou seja o que vocẽ, caro leitor, imaginar. Meu intuito é apenas despejar pensamentos aleatórios nas postagens e não me responsabilizo sobre como você resolve denominar as pessoas que apoiam o choque ou vão contra ele. A arma do anti-choque então é a criação de anti-clichês, a quebra de moldes e medos relacionados aos seus trabalhos.<br />
<br />
Bem, com essa explicação, já sabemos então o combustível que move o ciclo entre clichês e anti-clichês. São duas horas da manhã mas eu realmente quero postar isso agora então: Agora que já falamos sobre isso, só falta sabermos<br />
<br />
Pra onde esse ciclo nos leva e o que a quebra do ciclo significa.<br />
<br />
PS: Eu também não sei onde quero chegar<br />
<br />
PPS: São duas da manhã, meu horário de sono já era<br />
<br />
PPPS: Revisei o texto quase dormindo, em caso de erros feios demais, me diga que eu não corrijo mas balanço a cabeça em aprovação do seu poder ortográfico.Thebahttp://www.blogger.com/profile/03858826427827630160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-82876995916601159452018-05-11T10:18:00.001-07:002018-08-05T08:06:52.123-07:00 Voltei<h2>
<br /></h2>
Alô, alô, dona Maria, venho aqui me (re)apresentar. considerando que nunca dei notícias de adeus, é a volta de quem nem mesmo sumiu. E não sumi por um simples motivo: eu acompanho o MOP em vários posts, revisando pelas sombras as anedotas e escritas do garoto. Resolvi eu hoje comentar sobre algo, mas como sou péssimo em anedotas, vou comentar sobre aqueles que vivem nelas:<br />
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Personagens.<br />
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<a name='more'></a><br /><br />
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Não simplesmente "personagens de uma história" mas personagens criados pelas pessoas que encontramos todos os dias. É um tanto quanto bizarro imaginar que as pessoas com quem conversamos todos os dias podem acabar virando tinta em um pedaço de papel (ou bits em um documento). Ultimamente eu venho seguindo o cenário de escrita, de um modo meio preguiçoso mas sigo. É um tanto quanto interessante ver duas coisas em específico:<br />
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O clichê: Aquilo que já foi feito de todas as maneiras, seguindo todos os scripts. Dos preguiçosos aos brilhantes, segue facilmente as leis de Sturgeon. Pelo menos, essa é a minha visão, mas clichês podem simplesmente ser dado como um "trope", um molde de como as coisas são feitas.<br />
<br />
E o seu irmão mais novo, um tanto quanto tímido mas ganhando força com o tempo:<br />
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O Anti-clichê: O "diferente pela vontade de ser diferente". Não tô falando de personagens de etnias, sexualidades ou gêneros diferentes, mas de como algumas mecânicas dos personagens são mudadas simplesmente por um receio de que "Isso vai virar clichê". Em outra visão, anti-clichês são apenas coisas "fora do molde" e que, eventualmente, se tornam outro molde.<br />
<br />
Agora você pode perguntar pra você mesmo: Theba, cê só tá falando loucuras, onde cê quer chegar? E eu te respondo: Em lugar nenhum, eu só realmente acho interessante como essas coisas funcionam. Ultimamente eu ando prestando atenção em muitas das histórias das pessoas com quem eu falo e como cada uma delas se vê e vê os outros. É incrível como o ser humano tem uma capacidade enorme pra criar personagens, sejam eles personagens unidimensionais ou com mais facetas que o necessário! O uso de clichês (ou se for melhor, moldes) é algo que tanto nos ajuda quanto nos atrapalha e eu só vejo isso como função de uma coisa: O anti-clichê. O medo de que algo se tornaria comum, ordinário, simplório e, talvez, mesquinho. Esse medo é o que mais me interessa, o medo de que o mundo pode ser "comum". Lembro de ler em Hogswatch (Discworld, Terry Pratchett) que a humanidade se surpreende com a mudança de água pra vinho mas não com a transformação de minerais, luz e água para a uva.<br />
<br />
Tenho que comentar também que não sou contra anti-clichês, eles são bem importantes. São o que, eventualmente, molda o novo comum, o novo diferente e o novo "bom". Mas, em contra-partida, sinto que um dos grandes problemas de quem começa a escrever hoje em dia (E isso me inclui!) é a vontade, auxiliada pela diversidade ganhando momentum, de fazer algo que é ainda MAIS novo e diferente. Os moldes, assim como a quebra deles, é necessário pra toda história, seja ele uma fantasia ou até mesmo um drama.<br />
<br />
Acho que pra um post "bite-sized" isso aqui já tá mais que o suficiente, só vou fechar com uma declaração um tanto quanto importante: Filme "cult" costuma ser chato pra caramba, ainda mais se for francês<br />
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<br />
PS: Escrevi muito e não falei de nada, muito menos revisei esse texto.<br />
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PPS: Esperem mais conteúdo com esse nível de qualidade.<br />
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Créditos adicionais: @hachibeans nos twister (Por discutir sobre o assunto comigo e me dar uma ajudada em como falar sobre o assunto.)Thebahttp://www.blogger.com/profile/03858826427827630160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-41184107770448749322018-05-03T12:49:00.000-07:002018-05-03T12:50:08.194-07:00 Calado você é um poeta Nossa memória funciona de forma muito interessante, não que eu seja um grande entendedor, porém aonde estamos, no caso a internet, não é necessário ser uma grande entendedor em nada para produzir um breve parágrafo sobre qualquer coisa. Ou seja, diretamente falando, pautado na minha <strike>vasta</strike> ignorância posso escrever sobre qualquer coisa, igualzinho a você, até mesmo sobre o funcionamento de nossas memórias, mesmo esse não sendo o tema da postagem a seguir.<br />
<br />
Hoje eu só gostaria de voltar as origens desse blog, ou algo parecido com isso ao divagar sobre um ocorrido muito especifico, que só pode ser resgatado com os recursos oferecidos pela memória, foi em plena copa do mundo de 2014, mais conhecida como a copa do 7x1 que eu perdi a oportunidade de ficar calado.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/02EylKstTr1P76jEydDy3D7lP2hg5yJjvycp9yZDMAHKlB_df4CVEb0X88r2ngTgtOqPsUds-2cJDWmO6qRgLfwD6lOfQbzFQud68FwY2OfkV4Keq6AnmodgjU5I00dkVvQ2EisTUTz-4CHB7XeEA2QPjs7ajNXlGFjJEfGKlApK8p6Amr_L4SDPc_pz-JidPqzhfXEk7Byc-H20XOHUp_T4CVb10bJA16JvS3TN-_m0N7k87UU7XeEhkzaiX5Ny4KVBTmahSZMMw6aDpZL_R1SUn-GGYrar6xlp1uPW4beQptD0UzVfN-apMPgtCLGoSrqCGpfmoTVgt_cI1ijN-qoi5ft9d5YYFasBbpoS1DklQmz1_uvlyEiNUNPFM2Uek4cS0aZKqHd8bjbBZ74qaQbOTlbNDwTQTixhLnGVnmr52hDhD7TlarDgkLKdchlwKYSk2eyo27UqU9k3eX0cQu3YQADGaTgPM98nyfBO8f6Xb3snUOYVLD-XoIltyqApT2atVMLt_hpKgtzZrdn9hpchXOOW-mW7rFQk2rAxeDIP67-7C4mQ8fLhUzWWMbdTdxgEd4bQqiR9278-P_eand8AOGEQ5nnc31ZJuQ=w1024-h576-no" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="225" src="https://3.bp.blogspot.com/02EylKstTr1P76jEydDy3D7lP2hg5yJjvycp9yZDMAHKlB_df4CVEb0X88r2ngTgtOqPsUds-2cJDWmO6qRgLfwD6lOfQbzFQud68FwY2OfkV4Keq6AnmodgjU5I00dkVvQ2EisTUTz-4CHB7XeEA2QPjs7ajNXlGFjJEfGKlApK8p6Amr_L4SDPc_pz-JidPqzhfXEk7Byc-H20XOHUp_T4CVb10bJA16JvS3TN-_m0N7k87UU7XeEhkzaiX5Ny4KVBTmahSZMMw6aDpZL_R1SUn-GGYrar6xlp1uPW4beQptD0UzVfN-apMPgtCLGoSrqCGpfmoTVgt_cI1ijN-qoi5ft9d5YYFasBbpoS1DklQmz1_uvlyEiNUNPFM2Uek4cS0aZKqHd8bjbBZ74qaQbOTlbNDwTQTixhLnGVnmr52hDhD7TlarDgkLKdchlwKYSk2eyo27UqU9k3eX0cQu3YQADGaTgPM98nyfBO8f6Xb3snUOYVLD-XoIltyqApT2atVMLt_hpKgtzZrdn9hpchXOOW-mW7rFQk2rAxeDIP67-7C4mQ8fLhUzWWMbdTdxgEd4bQqiR9278-P_eand8AOGEQ5nnc31ZJuQ=w1024-h576-no" width="400" /></a></div>
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<a name='more'></a><br />
<br />
Antes que fique qualquer dúvida, não, não foi no jogo do 7x1 e claramente não lembro contra quem nossa seleção jogou naquele dia. Sequer me recordo se era um jogo da seleção brasileira, agora com essas informações que tiram <strike>a pouca</strike> credibilidade que resta no meu texto, me recordo que tinha dois times em campo, com um único objetivo em comum, fazer acontecer.<br />
<br />
Estávamos lá os três na mesma sala, já <strike>bastante</strike> alcoolizados, afinal a situação pedia isso, quando fui surpreendido por uma pergunta muito mais que sincera da mãe do meu amigo, minha anfitriã naquela data:<br />
<br />
"Marcel você não parece muito interessado no resultado desse jogo, você está torcendo para o Brasil nessa copa né?"<br />
<br />
Antes mesmo da resposta o terceiro elemento presente na sala já esboçava sentimentos de reprovação, como se pudesse ler a minha mente, não que fosse necessário, meu sorriso pré-resposta me denunciava, respondi mesmo assim:<br />
<br />
- Na verdade não tenho interesse em futebol no geral, acho meio bosta sabe?<br />
<br />
- Mas para o Brasil você torce né Marcel? Tem que torcer pra nossa seleção poxa vida, temos que apoiar eles de alguma forma.<br />
<br />
- Não torço não, na verdade não estou ligando muito para os resultados da copa.<br />
<br />
Minha resposta, mesmo que simples, conseguiu atrair a atenção da mãe de meu amigo de forma não esperada, com os olhos dessa vez vidrados em mim, ela questionou novamente:<br />
<br />
- Mas Marcel como assim você não torce para a nossa própria seleção em época de copa, cade seu espirito esportivo, um evento desses menino, temos que torcer, para você a copa não significa nada?<br />
<br />
E foi nesse ponto onde perdi a oportunidade de ficar calado; Não é porque você sabe alguma coisa, ou acredita em outras coisas, que você precisa falar sobre o tempo todo, ainda mais quando você é o convidado na casa de alguém e quer tomar o próximo copo de cerveja em paz. Mesmo sabendo disso respondi com a maior tranquilidade do mundo:<br />
<br />
- Olha sinceramente, na minha visão a copa do mundo é semelhante a cocô de cachorro.<br />
<br />
O silêncio que se fez ali foi intenso, breve, porém intenso, quase pude ouvir a desaprovação se construir as pressas dentro da cabeça daquela mulher.<br />
<br />
Com os olhos arregalados, tom levemente alterado, ela questionou o amigo do filho dela novamente:<br />
<br />
- Marcel você acabou de comparar a copa do mundo com cocô de cachorro? Foi isso mesmo que eu ouvi?<br />
<br />
Nem todo o arrependimento dentro do meu coração, nem a clara mensagem não verbal do meu amigo de "para de falar Marcel, pelo amor" me fizeram parar.<br />
<br />
Era como um trem desgovernado em uma descida, só uma colisão poderia parar aquilo, como palavras não colidem umas nas outras, dei continuidade a minhas afirmações absurdas:<br />
<br />
- Sim foi o que eu disse, dou a mesma importância para ambos.<br />
<br />
- Eu não acredito que ouvi isso - ela riu como quem acabara de ouvir o maior absurdo já dito - filho seus amigos são todos uns loucos.<br />
<br />
- Verdade mãe - disse meu amigo, claramente desapontado comigo.<br />
<br />
- Sorte sua que eu gosto de você Marcel, se não te colocava pra fora. - concluiu ela, na maior sinceridade do mundo.<br />
<br />
Agradeci a compreensão, enchi todos os copos da mesa, e segui vendo aquele jogo com um pensamento martelando meu subconsciente:<br />
<br />
"Você calado é um poeta Marcel"<br />
<br />
E com esse pensamento encerro essa postagem, que mais é uma tentativa de retomada a escrita, sem compromissos, sem neuras, só escrever mesmo. enfim, nunca perca a oportunidade de ficar calado, a não ser que você esteja disposto a lidar com as consequências de suas decisões.<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
Revisão: Thebis<br />
<br />
ps: Eu ainda sou bem vindo nessa casa, não sei como.<br />
pps: Queria saber como foi o papo naquela sala depois que fui embora.<br />
<br />
<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-79272428400442911552017-11-05T14:08:00.000-08:002017-11-05T14:09:26.734-08:00 Essa é uma narrativa sobre "não ser filho da puta" Com toda a certeza do mundo eu já comentei sobre nossas escolhas diárias nesse blog, juro que vou tentar não ser redundante quanto a esse tema, porém realmente senti a necessidade de escrever sobre isso.<br />
<br />
Sinto que não exista lugar melhor para me expressar do que esse, mesmo não compreendendo por completo minhas motivações para dar continuidade a tal atividade "literária", continuo seguindo com minhas narrativas, postáveis ou não, que muitas vezes passam despercebidas aos olhos de muitos, de fato eu não os culpo, é tudo sobre escolhas.<br />
<br />
A pessoa estudou, trabalhou, enfrentou trânsito, fez um milhão de coisas durante o dia, talvez mais de um milhão, dependendo da rotina dela, então como eu, no auge do meu achismo, posso esperar que alguém escolha ler algo que eu escrevo? Isso me soa até estupido agora, sentado na minha cadeira de frente ao teclado, só consigo pensar nas questões envolvendo a escrita como uma escolha terapêutica, minha claramente. Aqui, nesse blog perdido nos confins da internet onde ninguém liga para nada, gosto de imaginar algo como um templo, aonde posso ir e vir, onde o físico e o metafísico convidam um ao outro para conversar sobre as adversidades que ambos enfrentam, aqui nesse local me sinto conectado com algo maior que eu, ou melhor, meu "eu" se perde, se desfaz nesses linhas. Desculpe, é apenas uma escolha minha imaginar esse diminuto blog de forma tão majestosa, e antes que essa introdução fique mais longa e implacável aos não amantes da leitura sem fins pré estabelecidos, essa é uma postagem sobre uma senhora que quase não foi socorrida por um filho da puta. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-bTKcBhSlHONqUTGw2KwB9SQE22VVkgFkqsnYc0hz32U8ZP48pcb_Jt9s-jffIttb9YVXheoInzlxPI2Dkr2g1j4qnLE2iqsxRYqxVlSj8f2LTcI8MniieXIL3TvOZZpJQAlEj3CHkxU2/s1600/Phoenix_Wright+EDITADO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="545" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-bTKcBhSlHONqUTGw2KwB9SQE22VVkgFkqsnYc0hz32U8ZP48pcb_Jt9s-jffIttb9YVXheoInzlxPI2Dkr2g1j4qnLE2iqsxRYqxVlSj8f2LTcI8MniieXIL3TvOZZpJQAlEj3CHkxU2/s1600/Phoenix_Wright+EDITADO.jpg" /></a></div>
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<a name='more'></a><br />
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Aquele painel com números vermelhos é interessante demais né? Poucas coisas chamam tanto a atenção do ser humano quanto um daqueles, o barulho é mais para as pessoas despreocupadas com o tempo que estão perdendo ali, afinal aquele som passa despercebido, muito menos se faz necessário, diante o sentimento que a "perca de tempo duradoura" traz consigo, os olhos ficam vidrados naqueles números, olhar esse que alimenta a esperança de um atendimento mais veloz, que por fim acaba não ocorrendo, inseridos nesse contexto de muita tensão e pouca ação estavam: eu, minha mãe e mais umas 12 pessoas que não se deixaram abater, pelo frio ou pela chuva, em busca de uma consulta médica.<br />
<br />
Não sei ao certo quanto tempo tinha se passado, mas já tinha iniciando a leitura do terceiro volume do meu mangá, o pouco gosto de café que ainda estava em minha boca se foi quase completamente, de fato eu não queria estar ali, toda aquela dinâmica "quase hospitalar" incomodava um pouco, gente tentando provar que estava mais fodida que a outra, o programa da senhora e seu papagaio, os bancos bem coladinhos um com o outro, aquele consultório em especifico parecia um ônibus lotado que não ia a lugar nenhum. <strike>que exemplo horrível</strike><br />
<br />
De qualquer forma chegou a senha da minha mãe, fiquei muito feliz, estávamos mais próximos de ir embora do que nunca, quando fui abandonado nos bancos da recepção do consultório uma conversa chamou minha atenção, provavelmente a de todos os presentes ali, quase mais que o painel das senhas, era uma senhora que reclamava com a recepcionista:<br />
<br />
- "Fia" como eu vou tomar esses remédios todos sem um copo? - Questionou a senhora.<br />
<br />
- Não sei minha senhora, nós não temos copos aqui - Respondeu a recepcionista com aquele tom de voz que diz claramente, isso não é problema meu. <br />
<br />
A conversa depois dai ficou com aquele teor de papo de maluco, todo mundo sabe quando uma conversa chega nesse ponto, uma repetindo a frase da outra, reclamações sem muito sentido, sem uma finalidade minimamente pensada, resmungos incompreensíveis e claramente aquele silêncio constrangedor.<br />
<br />
Toda essa breve situação, porcamente narrada no paragrafo anterior, gerou uma cena que me comoveu, a senhora já não estava de frente para o balcão, na verdade estava de frente ao bebedouro, estudando de forma nítida maneiras de ingerir seus remédios sem a ajuda de um copo plástico, claro que eu não podia ficar parado vendo aquilo, chamei a atenção dela com um aceno de mão e disse em alto e bom som:<br />
<br />
- Senhora tem copos plásticos lá na padaria na esquina. - Me sentei assim que terminei de dizer esse absurdo.<br />
<br />
Eu realmente choquei a todos os presentes ali, até mesmo a recepcionista com sua atitude de alface para com a maioria das situações me olhou feio, mas nenhuma dessas pessoas chamou mais a minha atenção que a própria senhora a qual eu sugeri uma caminhada na chuva e no frio, em busca de um copo plástico. Ela me olhava não somente com os olhos, mas com a alma, pude de forma momentânea ler sua expressão facial, ela naquele momento desistira mais uma vez da humanidade, ninguém estava disposto a fazer nada por ela, e o único que se manisfestou ainda sugeriu para ela ir tomar chuva.<br />
<br />
Ninguém disse nada durante os segundos seguintes, provavelmente todos estavam muito chocados naquele momento, eu podia sentir isso de algum jeito que nem adianta questionar, quem entra nesse tipo de situação com frequência sabe do que estou falando, porém, muito pelo contrário dos presentes ali, eu estava em paz, lendo meu mangá, crente, juro, eu realmente botei muita fé que eu tinha dado a solução de todos os problemas daquela senhora desconhecida, porém algo chamou minha atenção dentro de mim, era algo parecido com uma "voz".<br />
<br />
Essa "voz" no caso estava muito baixa, distante, mas eu sabia que ela vinha de alguma parte da minha mente <strike>SIM EU SOU LOUCO ASSIM</strike> e claramente me senti na obrigação de entender o que tal "voz" tinha a me dizer, depois de me concentrar brevemente, pude ouvir em claro e bom som o que o Marcel interior tinha a dizer para o Marcel exterior:<br />
<br />
<br />
"VÁ AJUDAR AQUELA SENHORA SEU FILHO DA PUTA"<br />
<br />
<br />
Quando tirei meus olhos do mangá percebi que a senhora ainda estava de frente ao bebedouro, analisando fria a calculadamente seus movimentos, nesse olhar reparei em sua idade avançada, como estava em pé com dificuldade, no respirar lento, pensei na minha própria vó, me levantei, para chocar todos novamente e disse:<br />
<br />
<br />
- Senhora eu vou lá buscar um copo pra você e já volto.<br />
<br />
<br />
Assim que retornei vi que todos me olhavam, com um orgulho estranho estampado em suas faces, como se algum deles tivesse participado da minha caminhada até a padaria, tivesse pedido o copo, mas enfim, nem dei bola pra eles e entreguei o copo pra senhora que me agradeceu muito pacificamente e disse:<br />
<br />
- Eu julguei você mocinho, me perdoe, que Deus te abençoe.<br />
<br />
Voltei para minha cadeira e para a leitura pensando no que eu acabara de fazer, coincidência ou não, a parte do mangá que eu tinha parado falava sobre como o amor ao próximo poderia moldar a realidade dos personagens daquele contexto para melhor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enfim esse post chegou ao fim e realmente espero que esse texto tenho despertado em você algum tipo de sentimento bom, que anda em falta na galera hoje em dia, espero também que quando você passar por situações similares, você possa ouvir essa voz interior dizendo para você não ser um filho da puta, sério ouça essa voz, por favor, o planeta como um todo agradece.<br />
<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
<br />
ps: uma voz que vem de dentro da sua mente pode ser ouvida, ou ela é só absorvida por você?<br />
ps²: antes de ir embora eu choquei as pessoas novamente comemorando nossa saída de forma pouco madura e muito questionável, minha mãe deve lembrar bem da cena.<br />
ps³: esse post era pra sair em abril se acredita?<br />
<br />
marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-69813698038939766462017-04-26T14:06:00.000-07:002017-04-26T14:07:30.546-07:00Quando uma montanha de lixo te ensina sobre beleza Hoje enquanto estudava para responder um questionário da faculdade me deparei com uma reflexão interessante, era sobre passado e futuro, em seus estudos, o autor em questão, fala sobre como tanto o passado quanto o futuro só existem realmente enquanto presente, o primeiro por que já deixou de ser, e só pode ser lembrado, o segundo por ainda poder ser, e que só vira a ser verdadeiramente quando for presente. Não vou me esforçar para te explicar tal ideia, talvez nem eu tenha entendido completamente o que li, porém tal texto trouxe uma mudança nas minhas interpretações sobre "tempo" e espero que essa breve introdução possa fazer você passar por algo similar, caso não, sinto muito. Por mais que eu goste dos meus textos, duvido muito que um sobre uma montanha de lixo possa trazer questionamentos pertinentes para você, então leia por conta e risco.<br />
<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Tudo começou como uma piada interna entre funcionários do mesmo setor, algo que creio ser comum em qualquer função, de qualquer tipo de local de trabalho, aquelas piadas que você nunca entende quando acontece no bar, aquelas que só quem trabalha junto vai entender, aquele produto que todo mundo compra "errado", fulano que faz "x" assim e não assado, enfim, no caso em específico a piada era sobre um amontoado de lixo, esquecido a merce da chuva e do tempo à décadas, realmente não precisa de muito para entreter gente idiota por natureza.<br />
<br />
As piadas giravam em torno de qualquer assunto possível sobre um amontado de material abandonado, passeava entre formas de vida misteriosas vivendo ali, até possíveis possibilidades de algum dia certos funcionários, do futuro claro, viessem a limpar aquele lugar, era tanta suposição por segundo que cogitamos para os futuros escolhidos um ataque, de alguma entidade milenar que residia ali e claramente estaria puta da vida ao ser perturbada por meros mortais, uma pena que os escolhidos não eram funcionários futuros, e também que ninguém foi atacado, uma pena.<br />
<br />
As primeiras perguntas dirigidas a nós, os escolhidos do passado, que no caso estavam no presente <strike>OI?</strike>, não eram claras, muito menos sinceras, beiravam uma ardilosidade sublime, começou com algo assim: "imagina limpar isso aqui galera, que trabalho né? Quantos dias vocês acham que poderia demorar isso? Teria que ter o equipamento correto né gente? ", quando percebemos tais perguntas já tinham se tornado nossa realidade, lá estávamos nós, meu amigo de setor, que pediu para ser chamado de "mago supremo do papelão" por nenhum motivo aparente, tirando uma nostalgia pouco justificada, e eu.<br />
<br />
Estávamos olhando para aquela pilha de lixo, um olhar já abatido no rosto de ambos, daquele tipo que sabe, lá no fundo, que não teria ajuda naquela missão, nenhum dos dois tinha se aproximado daquela área antes com intenções de limpeza, na verdade, eu sequer tinha me dirigido aquele amontoado de produtos esquecidos uma única vez até então, aceitamos nosso fardo, porém antes de começar ouve uma breve discussão sobre por onde começar, o resultado foi uma breve e triste resposta do "mago supremo do papelão", ele disse com pesar tanto nos olhos quanto na voz:<br />
<br />
"Não faz diferença por onde começar se você vai ter que terminar."<br />
<br />
Assim iniciamos nossa investida com intenções de limpeza que, de forma alguma alguém presente ali estava preparado para executar, começamos a sentir nojo de estar perto de nós mesmo por tanto tempo, principalmente naquele estado de sujeira quase irreversível que nos atormentava, o cheiro era nauseante, papelão que tomou chuva por tanto tempo que parecia massinha de modelar podre, alguns seres vivos não ligavam muito para diferença de tamanho e davam voltas em nossos braços, durante algum tempo nem falávamos um com o outro, era para evitar possíveis dejetos em nossas linguás, durante o horário de almoço, eu gostaria de poder ter almoçado com outra pessoas que não fosse eu, um sentimento que mesmo após lavar a mão pela 10° vez eu ainda estava sujo demais para ingerir alimentos, aquilo estava me deixando realmente pensativo quanto aos níveis de sujeira que um ser humano pode ter contado sem ser afetado diretamente.<br />
<br />
Era uma pilha realmente volumosa, que ainda sim cedeu a persistência do assalariado brasileiro, porém isso não foi tão rápido assim, nos primeiros dias, por falta de preparo tanto psicológico quanto corporal, fomos lentos no executar da tarefa, depois, aliados de um foda-se muito maior que esse ai que você imaginou, alguns elásticos na calça para evitar seres enxeridos bisbilhotando por dentro de nossas vestes, e muita paciência, chegamos ao ponto de estar passando vassouras no chão, a pilha de lixo tinha se reduzido a poeira no chão, tinham se passado 4 dias.<br />
<br />
Enquanto as vassouras iam de um lado para o outro, eu perguntei ao mago como ele estava se sentindo após concluir aquela missão, ele me respondeu brevemente:<br />
<br />
- Me sinto sujo.<br />
<br />
- Mas cara fizemos algo incrível aqui essa semana - Eu realmente pensava isso.<br />
<br />
- Incrível vai ser o banho que vou tomar em casa.<br />
<br />
Por fim chamaram os responsáveis pelo mandato da limpeza, todos vieram, alguns que nem precisavam vir também apareceram, todos estavam com olhos incrédulos para tamanha diferença na paisagem do galpão, a pilha de lixo não estava mais ali, palmas e comentários passeavam pelo vento, risadas sobre como deveria ter sido difícil dividiam espaço com as palmas, por fim enquanto todos estavam indo embora voltando pára seus afazeres, um deles diz:<br />
<br />
- Gente lá dentro está uma loucura, pode deixar que alguém termina de limpar, vamos ajudar rapidinho beleza? Obrigado.<br />
<br />
Olhei para o mago, ele estava tão abatido quanto eu, o silêncio nos levaria de volta para nossos afazeres, apenas um comentário foi feito, como que o ultimo suspiro de um guerreiro prestes a morrer:<br />
<br />
- Pena que esses comentários positivos não limparam a sujeira sozinhos. - disse o mago.<br />
<br />
Olhamos mais uma vez para o local onde residia nosso inimigo, nosso fardo, nossa missão, e nada mais estava ali, apenas nosso trabalho, nossos esforços, nossas reclamações, mas isso ninguém quer ver, somos feitos de resultados não de pressupostos.<br />
<br />
<br />
Sim esse texto chegou ao fim, espero que você tenha gostado, é óbvio que hoje no auge do pensamento capitalista eu entendo que faz, muito sentido, alguém pedir para você limpar e organizar produtos para futuras vendas, são seus funcionários, eles estão lá para isso, é que aqueles funcionários do passado, que não entendiam aquela situação como algo positivo, saíram daquela semana, dificultosa por sinal, transformados, evoluídos, calejados pela vida, ou seja, mais fodidos da cabeça, como deve ser em qualquer atividade remunerada que se preze, sendo assim até uma próxima.<br />
<br />
Ass: M.O.P.<br />
<br />
<br />
ps: Depois da primeira barata que passou pelo meu ante-braço eu já tinha desistido.<br />
ps²: As Caixas de cima já estavam fedendo, agora imagine as de baixo, as que tomaram a chuva da chuva, aquele que escorre de cima para baixo, até a base, imagine cada camada pior que a outra.<br />
ps³: Na semana seguinte ficamos conhecidos como lendas da limpeza.<br />
<br />
<br />
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marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-67718608676297609492017-03-24T09:12:00.000-07:002017-03-24T09:13:03.229-07:00Bandeiras da alma Hoje após um longo dia de trabalho, me sinto mais objeto que gente, sentimento esse que permeia meus pensamentos antes de dormir, nos semáforos no caminho de casa, nas leituras diárias, não consigo parar de imaginar o que anda acontecendo no mais íntimo do meu subconsciente para me sentir assim.<br />
<br />
De fato a decisão foi minha, ninguém me obrigou a isso, foi uma escolha advinda de uma necessidade criada e alimentada por mim, que acabou por ganhar força conforme se desenvolvia, então por que tal situação me incomoda tanto?<br />
<br />
Inserido em um contexto como esse é estúpido se sentir superior por uma característica interior, você não é pago para tal, se sentir superior é o mesmo que cavar sua própria cova, comprar o caixão mais belo e pendurar em cima dele uma bandeira desbotada.<br />
<br />
Um pedaço de tecido estampado, com aspecto podre, esquecível, acinzentado, morto, beirando a transparência de um material que já passou por muito, e se encontra prestes a ruir, será essa a aparência que tem tomado minha alma, será esse o caminho que devo percorrer para suprir minhas vontades, essas linhas de questionamento talvez só desbotem mais e mais a bandeira da alma, mas se assim não for, não seria eu, mas não sendo eu? Posso alcançar a paz? Não sei.<br />
<br />
<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-43237708383322639672017-03-13T19:07:00.000-07:002017-03-13T19:07:40.102-07:00 Percepções variadas da realidade A algum tempo fui demitido do meu emprego, acontecimento esse que foi levado numa boa pelo Marcel do passado, que sou eu só que em outra linha temporal, no momento em que ocorria o fato, literalmente, o jovem em questão estava tranquilo consigo, num ponto onde estava até aéreo, distante, pensava nas possibilidades recém adquiridas que o desemprego trazia consigo, estava feliz, quanta burrice pode caber numa só cabeça não?<br />
Por fim o seguro desemprego passou, o dinheiro do acerto foi investido <strike>gasto de forma burra</strike> em várias coisas, e cá estou eu no presente, ainda desempregado e sem dinheiro, pronto para escrever sobre.<br />
Então se estamos em situações parecidas vem cá que eu te abraço com meus parágrafos, vai dar certo. <strike>VAI QUE COLA</strike><br />
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<br />
(inserir uma imagem aqui ao terminar o post)<br />
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<a name='more'></a><br />
<br />
Se me lembro bem eu estava naquele lugar para entregar um currículo, situação normal até então, depois de fazer isso durante alguns dias é quase que automática a abordagem.<br />
<br />
"Olá, posso deixar meu currículo? A então beleza, obrigado viu, tenha um bom dia" <br />
<br />
Essa frase quase saia da minha boca sem eu pensar, poderia dizer o mesmo do sorriso falso e da mão espalmada em direção aos céus, porém dessa vez alguma coisa chamou minha atenção antes de colocar em prática a técnica recém adquirida, algum fator nessa atividade tão corriqueira na vida de pessoas desempregadas tinha mudado momentaneamente, no caso a parte mais importante desse raciocínio, eu. <strike>que babaca esse Marcel se achando importante</strike><br />
<br />
Antes mesmo de abrir a porta do estabelecimento para onde caminhava, minha mente me bombardeava de questionamentos, muito alto na minha cabeça: "mas Marcel, aqui? Você quer mesmo isso para você?", "Marcel você é burro?", "Marcel aqui não cara, vamos embora cara, para com essa merda.", enfim, era algo assim que ocorria dentro da minha mente, tudo claro enquanto minha busca por motivos para continuar, o que eu nem tinha começado a fazer ainda, não tinham sido respondidas.<br />
<br />
Resolvi abrir a porta mesmo assim e caminhar até o funcionário mais próximo, visando claro em um curto período de tempo ser mais um "colega de trabalho" do mesmo.<br />
<br />
Parado de frente ao balcão acabei reparando no cara para que perguntei do gerente, enquanto observava seu semblante pensei em como somos acostumados a não reparar nas pessoas que trabalham para nós por curto período de tempo, estamos muito acostumados a essa presa diária ou mesmo observando a vida dos outros no Instagram para interagirmos com nossos amigos de planeta, quase o enxergamos como parte da empresa onde estamos passando em busca de serviços específicos, antes do meu devaneio sobre isso me levar longe demais eu comentei com ele:<br />
<br />
- Foda trabalhar de final de semana né cara?<br />
<br />
Quando ele entendeu que eu falava com ele, o que levou alguns segundos, o gerente já tinha chegado, cortando qualquer começo de conversa que eu poderia ter com ele.<br />
<br />
As perguntas chaves que um gerente poderia fazer foram respondidas com prontidão, aquela velocidade do desespero por uma grana nítida, quase palpável, quando terminou fez suas considerações finais, disse que avaliaria meu currículo e que retornaria se necessário, acabou por se retirar rapidamente com meu currículo na mão.<br />
<br />
O problema foi que essa cena durou um pouco mais na minha cabeça.<br />
<br />
Quando o gerente tinha chegado minha atenção foi toda voltada para o seguinte pensamento: "não faça merda na frente desse cara, não agora", cada pergunta uma martelada na minha mente, eu nem sei como posso falar tanta coisa pensando em números impressos em cédulas, realmente a situação faz o mago, de qualquer forma quando ele finalmente ficou com o currículo e se foi, eu pude sentir minha mente voltando a sua normalidade, quanto nervosismo para algo que nem tinha acontecido ainda, aquele cara nem era meu gerente e eu já estava raciocinando como funcionário dele, a que ponto chega a mente do homem necessitado, é meus queridos eu não sei. <br />
<br />
Quando de saída o cara com quem puxei assunto, e nem tinha sido respondido, solta um único comentário final:<br />
<br />
<br />
<br />
"A gente se vê cara, boa sorte"<br />
<br />
<br />
<br />
Rumei para minha casa envolto em pensamentos capitalistas aquele dia.<br />
<br />
<br />
Enfim leitor esse foi o final da postagem, se você não gostou muito a culpa não é só minha, afinal, o que você realmente esperava aqui? No mais espero ver você novamente e até uma próxima.<br />
<br />
<br />
<br />
ass: M.O.P.<br />
<br />
<br />
ps: não sei porque eu fico escrevendo sobre ver vocês novamente, nem estou vendo ninguém agora.<br />
ps²: não sei de quando é o último post<br />
ps³: compartilhe se tem coração. <strike>Você pode falar que alguém rakeou seu face depois</strike><br />
<strike><br /></strike>marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-63159730091212935422017-01-22T19:24:00.001-08:002017-01-22T19:31:30.123-08:00Cada um tem o funk que merece!<br />
<span style="color: #6aa84f; font-size: x-large;"> </span>Quase comecei com algumas mentiras que pipocavam em minha mente porém, não achei coerente com o final do post que está quase fixado na minha cabeça, talvez as coisas mudem conforme essa linha de pensamento for sendo construída, por hora serei sincero com as poucas pessoas que se dão ao trabalho de ler textos grandes demais com conteúdo duvidosamente útil. <br />
<br />
Eu estava vendo um vídeo no youtube do Felipe Neto <strike>NÃO eu não me orgulho disso,</strike> não vou entrar em muitos detalhes sobre o vídeo afinal ele é meramente uma ferramente literária que estou utilizando para justificar minha introdução que talvez já tenha sido abandonada pelos menos interessados.<br />
<br />
De fato o vídeo consistia no Youtuber <strike>Já pensou seu vô lendo essa merda?</strike> tendo reações exageradas sobre um videoclipe de uma mulher/grupo <strike>eu não sei mesmo, desculpe</strike> Koreana, clipe esse no minimo questionável, como qualquer condição ou coisa que nos cerca, afinal tudo pode e DEVE ser alvo de questionamentos, sendo assim vem comigo e vamos questionar nossas próprias noções de consumo consciente de entretenimento de massa ou mesmo do que é escroto ou não.<br />
<br />
<br />
<br />
(INSIRA UMA MONTAGEM MUITO TOSCA E DE HUMOR QUESTIONÁVEL AQUI AQUI)<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Para você que ficou para ler e questionarmos juntos <strike>OBRIGADO</strike> eu sugiro que você assista ao menos um pedaço desses dois clipes esse é o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=H7ptYVU4OD4" target="_blank">brasileiro</a> esse o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=HfySji7kNi0" target="_blank">Koreano(?)</a> Após assistir e ainda sentir vontade de ler <strike>Sonhe menos marcel</strike> venha comigo e entenda.<br />
<br />
Só outra informação antes de iniciarmos, foda-se o que você gosta ou o que eu gosto ninguém liga além de nós mesmos, é importante ter isso em mente enquanto lê os parágrafos a seguir.<br />
<br />
Agora que esclareci algumas das coisas que escrevi posso iniciar esse texto <strike>porra finalmente</strike> Pensando nos motivos que levam alguém ou algum grupo do seguimento musical a fazer um videoclipe, afinal um clipe pode ter muito significado e relevância, pode completar uma música a tornando eterna, pode fazer músicas ruins serem lembradas, mas pode também ser só um amontoado de imagens aleatórias visando capturar sua atenção por breves momentos, claro que o que define o que é um clipe bom ou não, relevante ou significativo, logicamente não sou eu e muito provavelmente não é você também, afinal um clipe aclamado pela critica para quem não o apreciar da mesma forma ou com os mesmos critérios, acaba sendo só um cara de jaqueta vermelha dançando com zumbis feios, com direito a coreografia tosca e risada medonha no final.<br />
<br />
Sendo assim voltemos aos clipes citados no começo do texto, qual o intuito de ambos?<br />
<br />
Eles realmente são tão diferentes como muitos acreditam com todas as suas forças, algum dos dois é superior de alguma forma?<br />
<br />
Duvido muito.<br />
<br />
Vou ressaltar primeiro algumas semelhanças claras, é obvio que ambos os clipes visam ressaltar a dança das mulheres que participam do clipe, foda-se a musica, ela é uma ótima desculpa para filmar o que estamos filmando, com ângulos e jogadas de câmera que deixariam o "tom" ou o "kondzilla" muito orgulhosos do resultado obtido pelos rivais de industria, talvez eles até trocassem email's se não fosse a barreira linguística, e se você consegue tirar qualquer outra conclusão de qualquer que seja o clipe, por favor me ilumine, me tire dessa escuridão de ignorância que me cerca, ficarei grato.<br />
<br />
Pós repararmos nisso tudo, isso é se ainda resta algum leitor <strike>LINDO</strike> aqui, eu penso no seguinte, o que difere entre ambos é meramente o gênero ao qual ambas pertencem(ou se auto declaram) e a aceitabilidade do mesmo, em suma ambos os clipes são a mesma coisa, claro que com suas diferenças, tanto de orçamento para produção, ou na nacionalidade das mulheres, ou em tantas outras coisas que eu poderia ressaltar aqui, e claro a maior diferença que pode não ser tão óbvia quando as citadas anteriormente, como caralhos alguém pode assistir essas koreanas dançando dessa maneira e não notar a semelhança com o funk que ela tanto odeia? Assim repugnando tais movimentos no meio de um clipe pra lá se sério, isso eu talvez jamais entenda.<br />
<br />
Veja bem o que eu quero dizer aqui é como um ser humano pode defender um clipe koreano que é em suma a mesma coisa que um clipe do bonde das maravilhas, isso tudo como se fosse a coisa mais normal a se fazer, sério o que está acontecendo com as pessoas ao meu redor? Sou eu o retardado?<br />
<br />
Espero que você não tenha se ofendido, eu realmente não ligo para o que você gosta e você deve ligar menos ainda para uma opinião expressa em um blog pouco movimentado, de qualquer forma os comentários estão abertos para possíveis reclamações ou quem sabe um elogio <strike>AI COMO SONHA ESSE CARA </strike> e espero também que você tenha entendido o intuito desse amontoado de informações que você acabou de absorver, o que é uma bosta? Algo que você acha uma bosta por conclusões suas ou por conclusões de terceiros?<br />
<br />
Beijos e até a próxima.<br />
<br />
<br />
ass: M.O.P.<br />
<br />
<br />
PS: desculpe o texto longo espero ter feito seu tempo passar de forma agradável.<br />
ps²: fiquei com preguiça de fazer a montagem, desculpe se você espera ela.<br />
ps³: Eu quase não terminei esse post hoje.<br />
<br />
<br />
<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-79676572544328133572016-11-23T15:54:00.000-08:002016-11-23T15:54:11.852-08:00Quando tudo faz sentido algo está errado. Hoje enquanto caminhava em um cemitério aqui na minha cidade acabei pensando seriamente sobre uma coisa: o que realmente significa o conceito de família? Após uma breve <a href="https://www.google.com.br/search?q=familia&oq=familia&aqs=chrome..69i57j0l5.1211j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8" target="_blank">pesquisa</a> vários resultados podem ser encontrados, porém meus questionamentos não tinham uma finalidade de conclusão, mas sim de contemplação da palavra, eu estava pensando pura e exclusivamente pelo prazer de pensar. <strike>SE É O BIXO PENSANTE MESMO NÉ DOIDO?</strike><br />
<br />
Veja bem, existem vários moldes de família, alguns aceitos pela maioria, outros nem tanto, alguns mais abstratos, porém é um fato que quando nos utilizamos de tal palavra ela vem carregada de um sentimento muito forte e bem estabelecido por nós mesmos, no caso o amor, ou algum tipo de conexão forte. <strike>seja criminosa ou não.</strike><br />
<br />
Independente de envergaduras morais ou sociais, uma família é uma família e ponto, não importa o que você acredita ser ou não uma, ao ser usada tal expressão uma estrutura social muito séria está sendo citada, isso é muito interessante por si só, afinal cada um tem seus próprios moldes de amor, crenças, verdades, relevâncias.<br />
<br />
E o post hoje é justamente sobre pessoas que se amam, no caso minha mãe, eu, meu tio que não é meu tio e uma liquidação <strike>BOLADONA </strike>na pernambucanas.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn4.kawek.com.br/trabalhos/5834989edf36543196.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn4.kawek.com.br/trabalhos/5834989edf36543196.jpg" height="228" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Minha mãe me acordava de forma delicada, muito diferente do normal, ficou óbvio que ela queria alguma coisa com tal abordagem.<br />
<br />
- Filho acorda, temos que ir, aqui sua roupa - ela disse com algumas peças de roupa na mão - vamos rapidinho se não ficamos muito atrás na fila.<br />
<br />
Como na época eu era apenas um garoto inocente, sem celular <strike>na minha época era assim</strike> e sem muitas expectativas para minhas madrugadas, eu estava perdido, não sabia que horas eram, nem para onde iriamos, menos ainda o motivo de tal deslocamento durante a madrugada, mediante a situação em que me encontrava quis saber apenas duas coisas para poder sair da cama mais tranquilo:<br />
<br />
- Mãe vamos comer alguma coisa depois?<br />
<br />
- Sim.<br />
<br />
- posso dormir no carro até chegar?<br />
<br />
- Sim.<br />
<br />
Fui até o carro ainda dormindo, com aquele caminhar de quem ainda não desistiu de sonhar novamente, olhos semi abertos, me deitei no banco de trás e logo apaguei.<br />
<br />
Me acordaram de uma forma menos delicada dessa vez, estávamos no estacionamento de um shopping, foi nesse ponto que compreendi aonde tinha me metido, devia ter ficado em casa.<br />
<br />
Para um melhor entendimento da narrativa que estamos construindo juntos, vamos esclarecer uma coisa, o pobre é uma coisa fascinante, espero que você não esteja lendo isso com um teor pejorativo, nem se sinta ofendido com esse parágrafo, não é esse o ponto aqui, o ponto é que nada deixa um pobre mais agitado, feliz, sorridente, eufórico, entusiasmado, <strike>tenho infinitos adjetivos na manga desculpe </strike> do que uma liquidação, para uma parcela da população momentos como esse são desculpas para agir de forma pouco coerente com sua realidade, ou mesmo com suas despesas mensais, ou seja é como uma licença poética capitalista para despirocar, esse era um desses momentos para minha Mãe e meu tio que não é meu tio.<br />
<br />
Enquanto me dirigia a uma fila inconcebível aos meus olhos juvenis, reparei que algo estava diferente no caminho, todas as outras lojas do shopping estavam fechadas. Busquei informações com meus companheiros de aventuras e descobri algo inacreditável. <strike>sério eu fiquei chocado.</strike><br />
<br />
Uma vez ao ano a pernambucanas abre suas portas de madrugada, faz uma liquidação em proporções inimagináveis em busca de uma queima de estoque insana e volta a sua programação normal como se nada tivesse acontecido.<br />
<br />
Quando nos aproximamos da fila minha mãe explicou o motivo da minha presença naquele lugar, e quais seriam minhas funções naquela missão, eu seria o guardião das mercadorias ainda não adquiridas e impediria qualquer tentativa de furto, sim isso mesmo, furto. Afinal se você ainda não passou pelo caixa, aquilo não lhe pertence e pode ser levado de você. <strike>NA MALDADE</strike><br />
<br />
Eu era o primo mais favorecido e focado do olheiro de carro.<br />
<br />
Entramos e visualizei o caos, mesmo parecendo que só eu o via da tal forma; Para o resto aquilo era como um paraíso, claro que isso inclui o tio que não é meu tio e minha mãe, que após definir onde eu ficaria foram as compras.<br />
<br />
Enquanto ambos separavam mercadorias e colocavam aos meus cuidados, foquei apenas em observar o quanto as pessoas podem ficar agressivas quando colocadas em situação de desejo desenfreado somados a pressão psicológica, vi gente discutindo, gente tropeçando e caindo, vi lágrimas, dancinhas de comemoração, ali tudo era possível e claramente eu não sairia ileso dessa aventura. <br />
<br />
Não demorou muito para o número de tralhas ao meu redor ser grande o suficiente para me sentar nelas, sério era muita merda ao meu redor, claro que todas aos meus cuidados, fato muito importante e explícito que a moça vindo em minha direção parecia não se importar muito, caminhava a passos despreocupados, como quem sabia exatamente o que fazer e como fazer, ela não contava com minha vigilância. <strike>babaca</strike><br />
<br />
Em meio a tantas opções, indo de jogo de talheres a ventiladores, o que ela almejava em sua investida era um rádio vermelho da Philco, intenção essa que ficou muito clara no desenrolar da cena.<br />
<br />
A mulher, que não vou descrever aqui devido a falta de lembranças concretas sobre a mesma, simplesmente se agachou, pegou o rádio que estava na borda da ilha de tralhas e já se retirava do local do crime como se nada tivesse ocorrido, me senti insultado momentaneamente, não sou cego moça, por favor né?<br />
<br />
Fui obrigado a abordar a ladra da pernambucanas.<br />
<br />
- Moça esse rádio é meu, você poderia colocar ele onde estava?<br />
<br />
Ela se virou com uma expressão neutra, decidida e disse:<br />
<br />
- Mas mocinho, ele estava no chão, como poderia ser seu? - nem piscou para dizer um absurdo desses.<br />
<br />
Na hora pensei em desistir e deixar ela levar o rádio, seria mais simples, mais rápido, porém não é por ser mais simples e rápido que devemos apelar para esse tipo de abordagem, aquilo era a minha missão, proteger a tralha, o rádio era parte da tralha, eu não podia permitir que ele fosse.<br />
<br />
- Moça você sabe que esse rádio me pertence, ele estava junto de todas as outras coisas que estão ao meu redor - disse com os braços estendidos, girando - coloca ele de volta, me ajuda vai.<br />
<br />
- Eu não tenho radio em casa moço, eu preciso ouvir meus louvor. - disse a ladra tentando me convencer de que os fins justificavam os meios.<br />
<br />
- É serio isso moça?<br />
<br />
- Desculpa mocinho.<br />
<br />
Foram as ultimas palavras dela antes de se virar novamente e tentar se camuflar no caos que estava aquele lugar, eu não iria tomar o rádio dela a força, isso nem passou pela minha cabeça, então pensei em uma solução que me parecia ser a mais cabível ao momento, vasculhei a loja com olhos de águia em busca de algum ser humano de estatura privilegiada trajando um terno, encontrei e logo gritei com toda a força de meu pulmão.<br />
<br />
- SEGURANÇA VEM CÁ!<br />
<br />
Eu senti o arrepio da mulher na minha própria espinha, ela parou para olhar para trás e viu uma criança sorrindo, nossos olhares se encontraram, pude sentir um desespero vindo dela, meus olhos banhados em determinação, tentou se virar e dar mais alguns passos em direção da liberdade mas foi impedida por um segurança enorme, que escoltou ela para perto de mim já perguntando:<br />
<br />
- O que está acontecendo aqui? - Disse o segurança sem nenhuma sutileza.<br />
<br />
- Ela estava tentando roubar meu rádio. - disse com a melhor cara de criança desamparada que eu consegui fazer.<br />
<br />
- Mentira senhor segurança, eu só peguei o que estava no chão, não existem provas contra mim.<br />
<br />
Então eu encontrei mais alguém que pensava como eu, que enxergava naquela noite o caos, a falta de paz, de princípios, que de uma forma muito sincera só queria ver aquele espetáculo capitalista acabar, aquele segurança já estava de saco cheio muito antes de abordar a gente, mediante a tudo isso ele disse:<br />
<br />
- Senhora você pode devolver o rádio para o garoto, ou eu te coloco pra fora da loja.<br />
<br />
Se nem eu esperava aquela frase, imagina a mulher que ficou parada olhando para o segurança?<br />
<br />
Claramente ele se mantinha imóvel e imponente aos olhos da ladra, a fitava com um olhar fulminante, enquanto isso a mulher tremia.<br />
<br />
Ficamos mais alguns segundos em silêncio, até a ladra se abaixar e deixar o rádio exatamente onde estava e caminhar derrotada para fora do campo de visão do segurança.<br />
<br />
Quando ela tinha se afastado o suficiente ele só me disse uma coisa antes retornar para seu posto:<br />
<br />
- Fica esperto garoto, ela vai voltar.<br />
<br />
- obrigado.<br />
<br />
Depois de mais alguns minutos minha mãe voltou dizendo que iriamos embora, só faltava passar no caixa, chegando lá eu vejo no caixa ao lado, uma mulher me olhando com todo o ódio do mundo, um olhar de alguém que deseja sua morte com tanta vontade que você chega a arrepiar sua nuca, mandei um beijo pra ela enquanto ela ainda me olhava e fui embora, com uma sensação de missão finalizada.<br />
<br />
<br />
É isso, esse post chegou a sua conclusão, levando todo esse texto em consideração eu deixo um recado a você que se deu ao trabalho de ler até aqui, valorize cada família que você tem ao seu lado, seja ela criada e mantida por você ou não, você gostando dela intensamente ou não, elas se aproveitando de você, tanto faz. Valorize isso, você não sabe quando algo vai partir sem te avisar, cada momento conta, pense sobre.<br />
<br />
Até uma próxima.<br />
<br />
ass: M.O.P.<br />
<br />
<br />
ps: Sim a imagem do macaco ficou um lixo<br />
ps2: A pernambucanas foi fundada por uma pessoa que veio do Pernambuco?<br />
ps3: O nome do tio que não é meu tio é Noir, caso alguém realmente queria saber o nome de todos os personagens envolvidos na trama.marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-69637708565398780092016-10-10T14:27:00.000-07:002018-06-16T14:15:22.898-07:00A pipa azul e a realidade Você já passou por situações que moldaram sua noção de realidade, momentos que passaram, você sobreviveu a eles e tirou suas próprias conclusões, boa ou ruim alguma informação foi tirada dali.<br />
<br />
Seja em situações de quase morte em veículos de duas rodas, ou em uma fila do Subway, algumas circunstancias pelas quais passamos podem mudar nossa vida, nossas verdades sobre que é real ou não, pode acontecer em qualquer lugar com qualquer um.<br />
<br />
Talvez essa seja a graça da coisa. <strike>OU NÃO</strike><br />
<br />
Digo isso com toda a certeza do mundo por quê sei que é verdade, afinal já passei por isso inúmeras vezes, claro que você também.<br />
<br />
Acho bem difícil que você nunca tenha passado por algo assim, não dá para saber como você absorve as coisas ao seu redor, enfim, esse post fala sobre uma pipa azul e um garoto que não entendia muito bem como a realidade pode ser dura na hora de ensinar, que no caso sou eu.<br />
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<a href="http://cdn4.kawek.com.br/trabalhos/57fbf178c044043196.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn4.kawek.com.br/trabalhos/57fbf178c044043196.jpg" height="285" width="400" /></a></div>
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Bom datas não vem ao caso, nem chegam a ser muito relevantes, o importante mesmo era o pipa azul que estava em minhas mãos.</div>
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Se eu tinha 8 anos era muito, uma criança retardada com seu primeiro pipa na mão, recém adquirido na lojinha mais próxima de sua casa. </div>
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Essa mesma criança se dirigia ao fim da rua para poder erguer aquela majestosa união de seda e gravetinhos, coloquialmente chamada de pipa, olhava o céu e via possibilidades, nada podia impedir aquele ser em plena fase de crescimento rumando a felicidade.</div>
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Após uma breve luta para erguer aquele negócio, sim foi uma luta, caso você nunca tenha tentado erguer uma pipa, recomendo que você não tente sozinho, mesmo assim acabei conseguindo e claramente foi um momento prazeroso.<br />
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Não sei como aquela atividade podia ser tão gostosa, realmente não consigo entender a galera da pipa que sempre via na rua, de qualquer forma lá estava minha pipa no céu, bem alto, em alturas que jamais conseguiria alcançar.<br />
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Devo confessar que foi tudo muito mágico e bonito até, todo o processo até ela ir as alturas foi gratificante, então aconteceu algo para o qual eu não estava preparado.<br />
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Como ninjas no céu, outras pipas apareceram.<br />
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Era um número elevado e todas vieram ao encontro da minha pobre pipa azul, eu não estava entendo mais nada nesse ponto da narrativa.<br />
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Se imagine no meu lugar, no auge de meu egocentrismo infantil, com pitadas generosas de falta de rua e mais um pouco de inocência, imagine.<br />
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Não conseguia calcular o que estava prestes a acontecer com minha companheira lá no alto.<br />
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Eles queriam voar próximos a mim? Mas por que tão próximos?<br />
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O primeiro a tentar não teve sucesso em abater minha pipa, não por habilidade minha, mas por falta de habilidade dele mesmo; de fato me faltava conhecimento sobre como se praticava aquela arte milenar do relo, aquele era meu primeiro contato com tais atividades envolvendo a pipa alheia, foi nesse ponto que minha ficha caiu.<br />
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Estavam tentando cortar minha linha, a única coisa que mantinha minha amiga comigo.<br />
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Quando entendi a situação em que me encontrava já era tarde de mais para qualquer tentativa de fuga.<br />
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Não sei se devido a falta de habilidade ou mesmo ao grande nível de experiencia dos inimigos que tentavam me tirar dos céus, minha linha foi cortada.<br />
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Um movimento limpo e suave, como um samurai alado dotado de uma espada banhada em cerol de fabricação caseira.<br />
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A principio pensei em correr para resgatar minha amiga, como já tinha visto outras crianças na rua fazerem, porém desisti rápido.<br />
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Lembrei que pipa caindo é como um ritual, dos mais poderosos que você possa imaginar, para invocar crianças nas ruas.<br />
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Todas ensandecidas correndo em busca do premio que vinha dos céus.<br />
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Minhas esperanças se foram junto com a maldita pipa.<br />
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Fiquei olhando para aquele situação, estático, pensando.<br />
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Pensei em como aquilo era uma situação que estava acima de minhas vontades, da minha tristeza, da minha pessoa como um todo.<br />
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O que poderia fazer naquele momento?<br />
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Isso mesmo.<br />
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Nada.<br />
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Afinal independente de minhas vontades, ou do que achava sobre o ocorrido, nada mudaria, não podia fazer muita coisa contra a realidade acima de mim.<br />
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Fui para casa triste e pensativo, sem minha pipa mas com uma lição valiosa na cabeça.<br />
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Não se pode fazer muito sobre uma realidade que você não tenha poder suficiente para moldar aos seus interesses, isso foi muito sério naquele dia.<br />
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Quando entrei meu pai me perguntou o que aconteceu, tentou me consolar alegando que poderíamos comprar outra, não quis, já tinha entendido que aquela atividade não era pra mim.<br />
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Enfim esse post chegou ao fim, se você gostou eu não sei, mas espero que meu texto tenha te levado, ao menos por alguns segundos a uma época cheia de situações de aprendizado, uma época mais simples e humilde, isso essa época mesmo que você pensou ai, enfim até uma próxima seu bonito(a).<br />
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marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-80457307957284060332016-09-29T20:50:00.004-07:002016-09-29T20:50:40.454-07:00Subway, madara e a seleção brasileira. Hoje eu lembrei desse blog, já a muito esquecido, abandonado e indiferente na minha vida.<br />
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Não que você ligue muito para isso, talvez você nem me conheça, isso sem mencionar o fato de que o blog foi largado as traças por um período tão longo de tempo, chega a ser triste pensar que alguém liga para esse lugar além da minha própria pessoa.<br />
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Porém as coisas que eu vi hoje, de uma forma bem profunda e sincera fizeram a minha vontade de compartilhar meus pensamentos crescer bastante.<br />
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Independente de quem vai ler ou não, vou dar continuidade a ideia do post.<br />
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Que é da forma mais aleatória possível falar dos três itens citados no titulo, e conectá-los de forma coerente, afinal temos que respeitar o titulo das coisas que nós mesmos criamos, eu acho.<br />
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<a href="http://cdn4.kawek.com.br/trabalhos/57edd1d56b2c343196.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn4.kawek.com.br/trabalhos/57edd1d56b2c343196.jpg" height="285" width="400" /></a></div>
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Resolvi ir ao Subway hoje, a promoção que fora divulgada um dia antes na internet me pareceu bem convidativa e generosa, comprar um lanche e ganhar outro, porra meu amigo se não isso não faz os seus olhos emitirem uma luz mais intensa ou seu coração palpitar, eu não sei o que pode mexer com você.<br />
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Acontece que eu não tinha adentrado o estabelecimento ainda, era necessário estacionar a maquina de guerra antes <strike> no caso, entendesse "maquina de guerra" como a minha biz 100 cilindradas</strike>, mas logo fiquei ciente da super lotação do lugar, era possível ver pela porta o amontoado de gente formando uma fila imensa.<br />
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Mesmo assim entrei. Confiante.<br />
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Existem momentos na vida onde nossa determinação supera até mesmo as mais adversas situações.<br />
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Serio eu realmente queria comer aquele maldito lanche e ainda poder levar mais um para casa, de GRAÇA, para comer amanhã.<br />
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É sou pobre mesmo, e não venha me julgar, pois sei que você também ama pagar menos em um produto, quem não se renderia a tal prazer tão intenso e sincero?<br />
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Pois é, lá estava eu esperando a fila andar, como qualquer ser social que compreende o funcionar de uma fila, até que fui pego de assalto por um pensamento atormentador.<br />
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Se não me engado eu estava ouvindo the killers, não que isso seja realmente relevante para essa narrativa, mas quis compartilhar isso com você.<br />
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Fato é que no meio de alguma musica que eu não lembro o nome agora me veio o seguinte pensamento:<br />
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<b><span style="color: #6aa84f;"> "QUANTO VALE UM LANCHE NO SUBWAY?"</span></b><br />
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Então iniciei um cálculo sobre quanto tempo eu ficaria ali e sobre quanto custa realmente um lanche desses, mesmo sabendo que essa matemática dificilmente daria certo.<br />
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Como eu sabia que não daria certo? Que seria impossível alcançar um resultado concreto? Oras é só pensar um pouco.<br />
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O Subway é um santuário da dúvida, chega a ser um desafio para muitos montar seu lanche, os mais indecisos no caso, podem passar horas para escolher um tipo do pão, que no fundo ele sabe que são todos primos.<br />
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Olhei para a fila atentamente e começei a contar o numero de pessoas que faziam aquele monstruosa fila ser tão imponente.<br />
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Parei na metade pois o número me chocou de tal forma que perdi a conta.<br />
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Recomecei a contagem, mas parei novamente antes de terminar, só que dessa vez com uma ideia fixa em mente.<br />
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Depois de reunir e digerir tais informações eu percebi uma coisa, ninguém ali naquela fila tenebrosa era humildão igual eu.<br />
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Não no sentido monetário da coisa, não é isso.<br />
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Ali tinha todo tipo de grupo, mas aparentemente ninguém se encontrava sozinho, como eu.<br />
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Ou seja, no minimo todos ali iam levar 4 lanches para degustarem, isso sem contar as famílias que ali estavam. <br />
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Juro que nem cheguei a pensar em um número, só de chegar perto dele já me senti derrotado.<br />
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Abatido por uma promoção apenas paras os mais fortes e pacientes.<br />
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Quando me retirei daquele lugar me senti livre.<br />
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Eu não precisava daqueles lanches, eu tinha minha liberdade, ela vale mais que essa promoção maldita, pensei com um ar revolucionário para disfarçar a derrota.<br />
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Antes de sair ainda deu tempo de esbarar em uma família na porta que me questionou da seguinte maneira:<br />
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- Moço faz muito tempo que você está aqui? - perguntou a mulher com três crianças barulhentas em seu encalço.<br />
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- Não, na verdade acabei de chegar. Mas já desisti, meu tempo vale mais que esses sanduíches. - Respondi com um sorriso sincero e caloroso, como o de alguém sem peso em sua consciência.<br />
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Antes da mulher tentar se manifestar uma de suas crias a empurrou dizendo:<br />
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- Manhê vamo ai pô! Se o moço abandonou a missão deixa ele, sobra mais pra nóis.<br />
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Toquei um breve olhar com a mulher, algo com um boa sorte dito com os olhos e me retirei com fome, daquele belíssimo santuário.<br />
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Um lugar tão belo mas tão inacessível, que poético isso não?<br />
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Enfim esse é o post de hoje, espero que você tenha gostado, e se por ventura você acabar tendo que enfrentar uma fila, não seja como eu. Seja forte e perseverante que você com certeza conseguira abater essa besta lendária conhecida como fila.<br />
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ps: sim eu sei que não falei nem do madara nem da seleção brasileira, desculpa se você leu o post todo esperando isso, é que hoje eu assisti o final de naruto, o que me fez lembrar de uma conversa muito interessante que tive com meu pai sobre como a seleção brasileira das antigas era repleta de "madaras do futebol", em outra ocasião eu falo sobre.<br />
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ps2: Gostaria de pedir para você que está lendo isso mostrar o blog para algum conhecido seu, sim eu estou fazendo isso mesmo, sabe se você leu até aqui deve ter um motivo para isso, explique esse motivo para a pessoa e manda o link, simples de tudo, não custa nada. Você compartilha cada coisa com as pessoas, macaco tendo relações sexuais no ombro de homens, vídeo de The sims redublado, vídeo editado de DBZ, cachorro fofo, enfim espalhem o Kauabanga69 aos 4 ventos meus queridos e até uma próxima.<br />
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ps3: eu me despedi de novo aqui em baixo, não entendi.<br />
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marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-26498883561445575362016-01-05T18:01:00.000-08:002016-01-05T18:01:43.090-08:00KAUABANGADROPS#6 eu não matei satanás, não foi por falta de vontade E ELE MORREU MESMO ASSIM.Bom antes mesmo de começar a escrever esse post me sinto na obrigação de desejar um 2016 um pouco mais suportável para você, só isso mesmo sem migué nem nada. Sabe sua vida não vai mudar de uma hora para outra,<strike> NEM FODENDO</strike>, todos estamos mais que sabendo disso, então se eu estivesse aqui desejando um monte de coisas irrelevantes e turbinadas em energias boas para você não iria mudar nada, fato é que muitas vezes as pessoas desejam essas coisas de fim\começo de ano da boca pra fora, elas não querem que tudo aquilo que elas desejam aconteça mesmo, dizem isso por conta do álcool já presente na vida delas desde muito antes do sol ir embora no dia da virada. Por isso eu como a pessoa sincera que tento ser aqui, espero mesmo que esse ano seja mais suportável para você, vai lá cara se consegue, só precisa acreditar.<br />
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AGORA EU FALO SOBRE COMO EU NÃO MATEI O SATANÁS.<br />
<img height="300" src="https://i.ytimg.com/vi/gArbocrAO78/hqdefault.jpg" style="-webkit-user-select: none;" width="400" /><br />
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<a name='more'></a>Esse post é sobre o final do jogo Castlevania lords of shadows 2, tem spoiler então..........<br />
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Subi rápido as escadas com Gabriel, não conseguia esperar mais, fui rolando igual um idiota em busca do sangue de meu ultimo inimigo, o mais poderoso e perverso, satanás.<br />
Esse jogo é sobre isso, um role infinito entre dimensões e lugares bem aleatórios, obliterando inimigos tão aleatórios quanto o local que habitam. em busca de uma vingança contra um ser das trevas, desde o principio você sai para esse grande role falando disso, todas as suas atitudes, todos os pontos gastos em aprimoramento de armamento, os combos aprendidos, tudo culminava naquele momento, eu ia matar aquele filho da puta.<br />
No fim da escada esbarrei com um padre esquisitão de vermelho executando um ritual maligno, não me prolongando demais nessa parte, SATAN estava na minha frente após arrancar o rosto do mano que o trouxe de volta de onde quer que ele estivesse, e puta que pariu como eu queria ver o sangue dele.<br />
Vamos lutar agora, eu pensei,<strike> AGORA VAI CARAI</strike>, só acabar esse filminho que vai, pena que ele trouxe um dragão enormemente esquisito e saiu voando céu a dentro como quem não quer nada, isso eu não entendi até agora, PARA QUE tudo isso se ele tinha asas e poder suficiente para fazer merda sozinho? Isso eu nunca saberei.<br />
Após mais um role em uma criatura gigantesca, onde eu cheguei a pensar por breves segundos que trucidaria o cara ali em cima do bicho dele mesmo, nós caímos em uma plataforma de ultimo chefão você sabe do que eu estou falando, pode ser feita só de pedra, um submarino que seja, falo daquele local onde não tem escapatória, é ali que o negocio fica loco,você sabe quando chegar lá.<br />
Quase esqueci de comentar, antes de chegarmos lá o tinhoso mochila de criança possuiu meu filho que resolveu dar role comigo nessa sexta feira muito louca.<br />
Bom nesse ponto eu não vou me delongar, foi uma luta difícil, varias opções de morte, tentei diversas vezes, mas eu não estava enfrentando o final, sendo assim o pior ainda viria bater em minha porta, pelo menos eu acreditava fielmente nisso, colocando isso na cabeça surrei meu filho encapetado como ele merecia, foi ai que a merda começou.<br />
Após toda essa treta, que demorou para caralho acabou. A vida dele zerou, eu parecia um caçador esperando minha presa sair de dentro da floresta para abatela com minhas próprias mãos, eu ainda estou esperando, quero seu sangue, suas tripas em minhas mãos, venha.<br />
Vou explicar melhor, assim que derrotei meu filho o capetoso of masters saiu de dentro dele, sim saiu, mas eu enfrentei ele? Não.<br />
Quando percebi para onde aquele filminho <strike>bem loco</strike> estava caminhando já estava tão decepcionado com todos os envolvidos nesse jogo, que minha vontade era desligar o game e ir dormir, não consegui, eu tinha que ver até onde aquilo iria.<br />
Vou resumir por falta de palavras para descrever a tempestade de sentimentos que me batiam a alma, eu vi Gabriel matar o PRÓPRIO SATANÁS com uma estocada no peito.<br />
Eu ainda não entendo um monte de coisas sobre o que eu vi, será que eu perdi algum detalhe durante o jogo? Não sei, mas vamos comigo tentar entender o que se passava em meu coração.<br />
Imagine o role que foi chegar lá, não. Eu tenho que me prolongar agora, se não você não entendera, eu ANDEI, por tantas terras nessa merda desse jogo, matei tantas coisas, morri tantas vezes, matei todos os filhos desse filho da puta, me perdi diversas vezes, pensei em desistir, tudo em busca desse filho das trevas maldito que no fim do jogo eu ansiava uma coisa bem simples.<br />
O sangue dele.<br />
Eu não consegui isso, o jogo matou ele para mim, eu não pedi isso, vai tomar no cu.<br />
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Acho que eu perdi o foco no final, mas entenda uma coisa, quando perdemos o foca da folha podemos ver a árvore, perdendo o foco da árvore, vislumbramos a floresta; E assim encerro esse post com essa filosofia que eu achei muito boa para justificar esse primeiro post de 2016, espero que você tenha gostado ou pelo menos não se sinta mal por ler isso.<br />
Beijo na bunda.<br />
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ass: M.O.P.<br />
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ps: Sim eu escrevi filminho me julgue<br />
ps2: eu só queria chutar a bunda dele<br />
<br />marcelhttp://www.blogger.com/profile/15732814933630073243noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4052797860299536760.post-54896770554881945212015-10-12T14:16:00.000-07:002015-10-12T14:16:33.017-07:00Quando a vida se esvai...Devido a um acontecimento no meu cotidiano, hoje eu parei pra refletir sobre algo inevitável a todos nós: a morte.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizgR7y6EVrL229CPhKG6J4_-MbclwTcmTlpRFPqLHV0r-oghO_ujLzfL9Yx4eDmNL2whsZ1QFsqa-45shGhOH2Kjj79T0yjSknsUMyEDo1G9MPPwAHwu7IdTbD1WW23GcBTHFy7JYpqVDI/s1600/FRATERLUZ+-+Como+Evitar+a+Melancolia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizgR7y6EVrL229CPhKG6J4_-MbclwTcmTlpRFPqLHV0r-oghO_ujLzfL9Yx4eDmNL2whsZ1QFsqa-45shGhOH2Kjj79T0yjSknsUMyEDo1G9MPPwAHwu7IdTbD1WW23GcBTHFy7JYpqVDI/s400/FRATERLUZ+-+Como+Evitar+a+Melancolia.jpg" width="400" /></a></div>
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<a name='more'></a>É estranho estarmos vivendo de boas e, de repente, recebemos a noticia que alguém faleceu... aquela pessoa deixará de existir no mundo terreno. E se a pessoa é próxima da gente, ficamos imaginando toda a vida daquela pessoa até quando recebemos a notícia de sua partida. Temos menos de 24 horas para nos reunir com outros amigos e família, prestarmos as homenagens até o caixão se fechar e a pessoa ser enterrada... Tipo, até algumas horas atrás tava tudo blz, mas depois de algumas horas, acabou.<br />
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Eu acredito na eternidade da alma e na sua jornada de idas e vindas para as existências no universo e, dentro dessa doutrina, o tempo que passamos é um piscar de olhos numa outra relatividade de tempo ou mesmo de não-tempo. Contudo, a minha reflexão é no momento na qual a pessoa está lá com seu problemas, sonhos, anseios, vivendo e, algumas horas dps, está enterrada num cemitério e, ao mesmo tempo que sabemos onde a pessoa está, sabemos que ela não está lá... é uma quebra de realidade abrupta e muito grande.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Unknownnoreply@blogger.com0