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2/04/2015

Curto e grosso e Treta parte 1

Olá amiguinhos! Thiagones aqui novamente o/

Sem muitas delongas, hj comentarei uma de muitas muitas e muitas treta na qual protagonizei. Na longínqua década de 90, costumava passar os finais de semana (de sexta a tarde até domingo a noite) e as minhas férias escolares na minha avó e do meu tio, no bairro que eu mais amo nessa vida: O Zanaga. O Zanaga é o lugar onde as pessoas não andavam nas calçadas, a galera andava na rua mesmo e fodam-se os carros, eles que nos esperassem. Nossa galera era bem unida: Rafael (meu primo), Paulinho Bisnaga, Fabricio Pó, Vitão Oreia, Valtinho Pimenta, Vagner Licol, Samuel, Paulo do Buraco, Marcelo Merda, Marco Aurélio, Eduardo, Katsumata dentre outros que apareciam la na rua. 

Antes de continuar, um disclaimer:
Todo mundo na rua tinha um apelido que era gerado por uma defeituosidade física ou por alguma coisa engraçada que ocorreu com a pessoa. Mimimi de bullying é agora pros fracos que crescerão sem essa lapidação moral, mas foda-se, pra mim passou.


Éramos pré-adolescentes que jogávamos bola, video game (na Visão Games <3 ou na casa de alguem da galera), brincávamos de esconde-esconde, pega-pega, pega-bandeira, pega-passa-rua, paredão dentre outras brincadeiras saudáveis (apesar que no paredão sempre dava merda e alguem se machucava). Certa vez, estávamos na frente da casa do meu primo, se não me engano, estava ele, eu e o Paulinho, conversando e vendo os caras da rua debaixo jogando bola. Até aí, blz, só que a gente começou a meio que zoar os caras só que entre a gente e um dos caras percebeu e ficou puto, então paramos a zuera. Mas aí eu tava brincando com o Paulo de tacar coquinhos (vide imagem abaixo) e um dos coquinhos q ele tacou, rolou rua abaixo e meio q parou perto do cara cabreiro e ele pegou o coquinho e tacou de volta, mas nao passou nem perto da gente, então eu levantei, tipo o Toretto no Velozes e Furiosos que se passou no Brasil, abrindo os braços só que ao invés de falar "This is Brazil" Eu disse "To de pé, tenta me acertar agora!" rachando o bico de rir, as usual...


Coquinho da Discórdia
This is Brazil
O cara ficou emputecidamente fudido de raiva, procurando no chão algo arremessável. Como não achou, veio correndo pra cima de mim com a fúria de milhares de javalis selvagens que tomaram um chute no saco. Eu tinha uma vantagen de alguns metros e da ladeira acima q o cara tinha que percorrer, mas, porém, contudo, entretanto, os amigos dele (eram mais 3) vieram pra cima de mim. "- F..udeu, Fudeu, FUDEU!!!" (lembrem-se que frase em itálico sou eu falando comigo msm na minha cabeça). Meu instinto foi sair correndo pra cima, também... Meu amigo Paulo disse: "Cara, corre pra minha casa, e fala pra minha mãe q tão querendo te pegar!" (Disclaimer 2: querer pegar não tinha essa conotação de hj, era pegar na porrada msm). 

Corri, corri e não olhei pra trás. A casa do Paulo fazia fundo com a casa do meu primo, então eu corri o quarteirão num formato de um "U", cheguei, abri o portão da casa dele e fechei, porém fiquei meio receoso de entrar na casa do cara, sei la pq, tava com vergonha, acho. Nisso os quatro caras chegaram e eu não tirei a mão do bang que tranca o portão, pra que eles não adentrassem na casa do meu amigo e me espancassem. Eles tentaram entrar na minha mente: "- Uma hora vc vai ter que sair daí e nessa hora a gente vai te bater!". Por alguma razão, eu não tava com tanto medo, pq tinha dois ali que eu tinha ctz q eu os deitava na porrada, o problema eram os outros dois, que eram mais velhos e maiores q eu. Eles chutaram minha mão pra que eu soltasse da tranca do portão, mas permaneci forte. Aí, o milagre aconteceu!


Precisa de ajuda, Thiaguinho?
Foi quando ouvi um: "O QUE QUE TA ACONTECENDO AE, MIJÃO???" (sim, mijão ou Thiaguinho era meu apelido pro meu primo mais velho Luciano e pros amigos dele). "ESSES PAU NO CÚ TÃO QUERENDO TE BATER???"
Era o Adri, amigo do meu primo Lu (que eram bem mais velhos q a gente, tipo eles tinha uns 17/18 anos) e meu melhor amigo naquela situação. Ele tinha me dado umas embalagens de cigarro uma vez, eu colecionava.
Eu respondi: "Sim, Adri, eles tão querendo me bater!". Na frente da casa do Paulo, tinha um descampado onde se localizava (na época) um campinho de futebol e um palco, onde nas Páscoas, é encenado a "Paixão de Cristo". o Adri tava nesse campo soltando pipa, percebeu a movimentação e me viu acoado.
Então ele respondeu: "SE ESSES FDPs RELAREM A MÃO EM VC, ME FALA QUE EU PEGO UM POR UM". O caps lock e o negrito mal expressam os berros, os URROS, que ele vociferou. Diante da situação, os quatro caras (que também conheciam o Adri e não eram nem loucos de meter a cara com ele), sincronizadamente se viraram para cima, abaixaram a cabeça e subiram parecendo o urso do pica-pau, ta ligado? andando com uma expressão corporal de derrota, arrastando a bunda e as costas da mão no chão kkkkkkk. Eu saí da casa do Paulinho com peito erguido, rachaaando de dar risada, passei por eles (pra voltar na casa do meu primo) e falei dando risada: "Chupa, seus otários!". Eu merecia apanhar ali, analisando o fato agora, mas se eles me batessem, o Adri, o Lu e metade do Zanaga iriam pegá-los e pulverizá-los. Na verdade isso aconteceu no dia seguinte, mesmo eles não me batendo, mas essa fica pra uma próxima =)


Obrigado Adri, vc me salvou!




Terminando com uma musiquinha que eu ouvia naquela época:




Thiagão

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