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6/01/2018

Revisada de nada #3: Até que dá pra deixar esse título

 Olá, amiguineos. Sim, essa foi minha primeira ideia de como dar oi pro leitor.

 Bem, continuando minhas divagações malucas (que sofreram uma pausa semana passada), hoje vou comentar sobre a vida util do ciclo de clichê, como a cultura de choque afeta isso e deixar o Bruno* perguntando mais uma vez onde eu tô querendo chegar.





 Vamos primeiro para a revisada dentro da revisada: No primeiro post eu falei sobre o clichê e sua versão mais nova, o anti-clichê. O clichê, dado como um molde pelo qual muitos aspectos da mídia são feitos decididos e o anti-clichê, a tentativa de quebrar esses moldes. Já na segunda postagem, teorizei sobre a “cultura de choque”, uma situação onde, na ânsia por algo novo, o criador usa de coisas que causariam choques, seja pela cultura do lugar ou o quanto foge do clichê (olhái, assim se cria o anti-clichê). A ideia de usar algo chocante, algo incrível e assustador não é, ironicamente, algo incomum. Esse movimento é chamado, por mim, de “cultura de choque”. A cultura de choque é o combustível que cria então, o anti-clichê.

 O anti-clichê, aparecendo cada vez mais na mídia, se torna um novo clichê e o ciclo começa novamente, onde o novo clichê envelhece e logo será combatido pelos novos criadores e seus choques.

 Pra onde isso nos leva? Pro mesmo lugar de sempre, um fim.

 Vamos agora a ultima (e pior?) parte da trilogia que ninguém pediu:
A saturação Final.

 É Isso mesmo, eu quero falar sobre algo que todo mundo já sabe e o porque ela vai acontecer no final das contas. A saturação Final é, como o nome diz, o final. O final do ciclo, onde o clichê e o anti-clichê são tão próximos um do outro que acabam por terem o mesmo peso.

 Chegou a hora dessa parte, essa mesmo:
Você pode estar agora pensando “Tá, mas isso seria então o fim de material novo? É isso mesmo?”

 tsc tsc tsc. Meu jovem, sua inocência me deixa até sem jeito. A Saturação Final na verdade não é tão final. Ela ocorreu e ainda vai ocorrer algumas vezes durante nosso tempo de vida.

 A fonte de DuChamp, Star Wars, O vocabulário de Shakespeare e a invenção da radio novela são, com seus devidos méritos, recicladores de ciclos. Talvez você possa dizer que Saturação é a criação de um “Super clichê” onde as coisas novas e diferentes são extremamente similares, seguindo os mesmo moldes e quebras de moldes. Algo que restaura o ciclo, uma ideia que muda como o ciclo funciona, é o que revive a mídia. A fonte de DuChamp foi um grande marco do movimento Dadaísta, justamente por causar um choque acima do normal, por quebrar o ciclo. Esses são os  recicladores de ciclo, obras que causam um impacto muito maior que o de um trabalho dentro do ciclo. Expandido o conteúdo do ciclo mais uma vez, criando espaço para novas obras mais uma vez.
 O grande desafio de criar um reciclador de ciclo não é simplesmente ter a ideia, mas saber lança-la ao público de um modo que a obra seja de fácil apreciação. Star Wars, juntando a magia de um mundo sci-fi  e alguns clichês que traziam uma sensação de familiaridade ao público, cresceu e criou seu próprio nicho, seus fãs e seu próprio “clichê”. Um reciclador de ciclo, assim como um anti-clichê, eventualmente se transforma o que destruiu, tomando seu espaço em um mundo liderado por clichês.
E em término, gostaria de agradecer a todos que tiveram saco de ler isso tudo até o final. Escrever sobre minhas teorias é algo que sempre tive vontade e ter uma plataforma onde publicar isso tudo é ótimo.

 A corrida para o novo reciclador de ciclos está sempre próxima, a obra que vai mudar o jogo pode já até ter aparecido, fiquem tunados e não se esqueçam de hidratar.

PS: Conclui falando nada mesmo mas tá tudo bem
PPS: Jesus cristo, são duas da manhã, eu tô morrendo
PPPS: Eu queria falar da DreamWorks e de Como Treinar Seu Dragão 3, mas eu só ia ficar salgado porque essa merda é puro clichê fraco, por mais que eu ame clichês toscos.



*Pra quem não conhece esse garoto abençoado, uma pena pra vocês

5 comentários:

  1. hahahahah estou com a leve teoria que você, apesar de querer escrever histórias e contos, acabará trilhando um caminho de análise, classificação e teorização sobre literatura.

    Essa teoria do clichê, anti-clichê, cultura de choque e saturação final é sua? Achei que ela bem estruturadinha. Se for sua, parabéns.

    Sobre esse ciclo que você apresentou nos 3 textos, isso é algo que os professores de história da filosofia sempre nos apresenta. Consigo encaixar precisamente cada uma dessas categorias que você citou em autores, suas antíteses e suas sínteses na história da filosofia.


    PS: pra quem não sabe, eu sou o Bruno ao qual ele se refere no texto. E sim, realmente sou um garoto abençoado.

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    1. Sim, são coisas que eu acabei matutando sozinho.
      Não posso mentir e dizer que não imaginava que isso já existia, mas como nunca vi nenhum comentário sobre, resolvi escrever e explicar pro ar minha visão disso tudo.

      Eu até pensei, e não me faça de refém de minhas palavras, em começar agora reviews de conteúdos novos, seja eles animes, filmes ou livros.

      E sobre entrar pra um campo de análise... Eu até acharia o mesmo se não fosse um desastre pra falar de obras no singular, heh.

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    2. Se não quer ser refém de suas palavras, não jogue-as ao vento.


      Olha só que frase de efeito, hein??? kkkkkkkkkk

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    3. Aliás, apoio sua ideia de fazer review. Gostaria de, esporadicamente, participar. hahahah

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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