Olá, amiguineos. Sim, essa foi minha primeira ideia de como dar oi pro leitor.
Bem, continuando minhas divagações malucas (que sofreram uma pausa semana passada), hoje vou comentar sobre a vida util do ciclo de clichê, como a cultura de choque afeta isso e deixar o Bruno* perguntando mais uma vez onde eu tô querendo chegar.
Vamos primeiro para a revisada dentro da revisada: No primeiro post eu falei sobre o clichê e sua versão mais nova, o anti-clichê. O clichê, dado como um molde pelo qual muitos aspectos da mídia são feitos decididos e o anti-clichê, a tentativa de quebrar esses moldes. Já na segunda postagem, teorizei sobre a “cultura de choque”, uma situação onde, na ânsia por algo novo, o criador usa de coisas que causariam choques, seja pela cultura do lugar ou o quanto foge do clichê (olhái, assim se cria o anti-clichê). A ideia de usar algo chocante, algo incrível e assustador não é, ironicamente, algo incomum. Esse movimento é chamado, por mim, de “cultura de choque”. A cultura de choque é o combustível que cria então, o anti-clichê.
O anti-clichê, aparecendo cada vez mais na mídia, se torna um novo clichê e o ciclo começa novamente, onde o novo clichê envelhece e logo será combatido pelos novos criadores e seus choques.
Pra onde isso nos leva? Pro mesmo lugar de sempre, um fim.
Vamos agora a ultima (e pior?) parte da trilogia que ninguém pediu:
A saturação Final.
É Isso mesmo, eu quero falar sobre algo que todo mundo já sabe e o porque ela vai acontecer no final das contas. A saturação Final é, como o nome diz, o final. O final do ciclo, onde o clichê e o anti-clichê são tão próximos um do outro que acabam por terem o mesmo peso.
Chegou a hora dessa parte, essa mesmo:
Você pode estar agora pensando “Tá, mas isso seria então o fim de material novo? É isso mesmo?”
tsc tsc tsc. Meu jovem, sua inocência me deixa até sem jeito. A Saturação Final na verdade não é tão final. Ela ocorreu e ainda vai ocorrer algumas vezes durante nosso tempo de vida.
A fonte de DuChamp, Star Wars, O vocabulário de Shakespeare e a invenção da radio novela são, com seus devidos méritos, recicladores de ciclos. Talvez você possa dizer que Saturação é a criação de um “Super clichê” onde as coisas novas e diferentes são extremamente similares, seguindo os mesmo moldes e quebras de moldes. Algo que restaura o ciclo, uma ideia que muda como o ciclo funciona, é o que revive a mídia. A fonte de DuChamp foi um grande marco do movimento Dadaísta, justamente por causar um choque acima do normal, por quebrar o ciclo. Esses são os recicladores de ciclo, obras que causam um impacto muito maior que o de um trabalho dentro do ciclo. Expandido o conteúdo do ciclo mais uma vez, criando espaço para novas obras mais uma vez.
O grande desafio de criar um reciclador de ciclo não é simplesmente ter a ideia, mas saber lança-la ao público de um modo que a obra seja de fácil apreciação. Star Wars, juntando a magia de um mundo sci-fi e alguns clichês que traziam uma sensação de familiaridade ao público, cresceu e criou seu próprio nicho, seus fãs e seu próprio “clichê”. Um reciclador de ciclo, assim como um anti-clichê, eventualmente se transforma o que destruiu, tomando seu espaço em um mundo liderado por clichês.
E em término, gostaria de agradecer a todos que tiveram saco de ler isso tudo até o final. Escrever sobre minhas teorias é algo que sempre tive vontade e ter uma plataforma onde publicar isso tudo é ótimo.
A corrida para o novo reciclador de ciclos está sempre próxima, a obra que vai mudar o jogo pode já até ter aparecido, fiquem tunados e não se esqueçam de hidratar.
PS: Conclui falando nada mesmo mas tá tudo bem
PPS: Jesus cristo, são duas da manhã, eu tô morrendo
PPPS: Eu queria falar da DreamWorks e de Como Treinar Seu Dragão 3, mas eu só ia ficar salgado porque essa merda é puro clichê fraco, por mais que eu ame clichês toscos.
*Pra quem não conhece esse garoto abençoado, uma pena pra vocês
hahahahah estou com a leve teoria que você, apesar de querer escrever histórias e contos, acabará trilhando um caminho de análise, classificação e teorização sobre literatura.
ResponderExcluirEssa teoria do clichê, anti-clichê, cultura de choque e saturação final é sua? Achei que ela bem estruturadinha. Se for sua, parabéns.
Sobre esse ciclo que você apresentou nos 3 textos, isso é algo que os professores de história da filosofia sempre nos apresenta. Consigo encaixar precisamente cada uma dessas categorias que você citou em autores, suas antíteses e suas sínteses na história da filosofia.
PS: pra quem não sabe, eu sou o Bruno ao qual ele se refere no texto. E sim, realmente sou um garoto abençoado.
Sim, são coisas que eu acabei matutando sozinho.
ExcluirNão posso mentir e dizer que não imaginava que isso já existia, mas como nunca vi nenhum comentário sobre, resolvi escrever e explicar pro ar minha visão disso tudo.
Eu até pensei, e não me faça de refém de minhas palavras, em começar agora reviews de conteúdos novos, seja eles animes, filmes ou livros.
E sobre entrar pra um campo de análise... Eu até acharia o mesmo se não fosse um desastre pra falar de obras no singular, heh.
Se não quer ser refém de suas palavras, não jogue-as ao vento.
ExcluirOlha só que frase de efeito, hein??? kkkkkkkkkk
Aliás, apoio sua ideia de fazer review. Gostaria de, esporadicamente, participar. hahahah
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