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6/13/2013

Uma faca um pouco de sangue e um lindo pão doce




Olá seu lindão tudo bom? Eu estou muito bem se isso for de alguma forma relevante para você.  E antes que você me pergunte o que caralhos significa aquele titulo tenho uma pergunta para lhe fazer, você lembra dos motivos que levaram você para o  hospital no decorrer da sua vida?  Hospitais não são lugares que queremos estar, só se você for um medico nesse caso você TEM QUE ESTAR no hospital, enfim, você só vai para o hospital para receber atendimento medico e ninguém que precisa de um medico está totalmente bem, o hospital em si tem um clima ruim, cheio de pessoas doentes e/ou machucadas, dependendo do tamanho do hospital é possível  ouvir  gritos das pessoas que chegam com machucados mais graves, hospitais são em sua totalidade lugares ruins, eles lembram você que a vida é cinza e quer te foder MAS todo mundo tem e/ou conhece uma boa historia que envolva hospitais, aquela que seu amigo se fodeu por nada, aquela que seu primo quase morreu comendo amendoim,  do seu professor do inglês que deslocou o ombro colocando a calça para ir trabalhar ou da sua prima que quebrou a perna fazendo quadradinho de 8 em um baile funk qualquer na zona sul do rio,  porem o post de hoje fala sobre uma criança que só queria comer um pão doce.


foto meramente ilustrativa o da historia era muito mais maneiro



Eu acordava naquela terça-feira com o barulho dos pássaros ecoando em meus ouvidos, fazia calor como de costume na cidade onde eu residia, Dracena no caso, após limpar a cara e realmente acordar lá estava eu Marcel no auge dos meus 6/7 anos pensando em como seria maravilhoso o meu dia afinal eu não iria para a escola (por motivos que eu não lembro nesse momento, talvez algum feriado em homenagem a unicórnios de um olho só) enquanto escovava os dentes e tentava imaginar o numero de possibilidades que um dia inteiro poderia me oferecer, eu poderia ir até a venda do seu joão gastar o 1 real que tinha conseguido economizar, podia dominar o mundo, podia ir a casa do meu vizinho jogar snes, podia ir até a rua andar de bicicleta mas todos os meus planos mudaram quando minha vó veio em minha direção me dar bom dia como costumeiro e  disse aquelas palavras sem saber como aquilo iria mudar minha terça-feira.


"Marcel a vó comprou um pão doce mas é pra comer a noite para poder dividir com todo mundo tá bom?"

E a partir desse ponto eu só pensava naquele pão doce, nada mais importava, amigos, bicicleta, universo NADA só aquele pão doce, eu tentei não pensar nele, tentei mesmo, mas não consegui afinal ele não era só um pão doce ele ERA O SENHOR PÃO DOCE eu precisava comer aquilo a todo custo e assim minha "quest" tinha inicio. Parecia uma tarefa simples levando em consideração que era só ir lá pegar o pão doce comer e se sentir a criança mais realizada da rua, nem precisava de nenhum item especial nem level alto para tal tarefa, mas é claro que o universo não deixaria que fosse tão simples assim, minha vó estava em casa e ela não podia me ver fazendo merda, ela mesma tinha mandado esperar, outra dificuldade era que a minha vó que conhecia muito bem o neto que tinha já suspeitava  do Marcel que sou eu e colocou o santo pão doce nessa merda impenetrável assim dificultando ainda mais minha missão, mas eu não desisti no fim daquela tarde aquele pão seria meu.

Após alguns minutos de planejamento a missão teve inicio, o caminho era curto mas ainda sim perigoso, a seguir um """"mapa""" para melhor visualização.


1: Meu quarto ou base secreta, chame como preferir
2: Sala ou sala mesmo
3: dispensa ou baú do tesouro

O plano era simplesmente ir do ponto 1 ao ponto 3 sem ser visto por ninguém como um ninja de patins, um plano simples e funcional. Sem nenhum tipo de treinamento ou uma caixa para me esconder eu dependia de uma oportunidade e claro que ela não veio tão fácil,  lá estava eu como um guaxinim encolhido em um canto do corredor  só esperando sua presa sair para disparar como um foguete rumo a marte, alguns segundos que mais pareceram horas depois eu pude ouvir a campainha tocar repetidas vezes e isso só podia ser um sinal, alguém vindo diretamente do céu veio distrair meu maior problema e eu nem tive que pagar por isso, tudo parecia perfeito, ao levantar e ir ao ponto 3 eu podia ver da janela(que ficava no ponto 2) ao longe minha vó conversar com duas mulheres, provavelmente testemunhas de jeová,  claro que minha vó não conseguiria mandar elas embora ela tem um coração bom demais, levando em consideração o coração bom da minha vó e o tempo que essas mulheres iam falar sobre o paraíso  eu tinha SEMANAS para tocar meu plano adiante.
Chegando ao armário eu encontrei a armadura de ouro que guardava o santo pão doce, algo impenetrável para minhas pequenas mãos de criança, mas com minha cabeça enorme eu tive a ideia genial de usar uma linda/ENORME/inofensiva FACA, eu sei que você já sentiu o cheiro da merda, faca na mão de criança é pedir para dar merda é como desafiar as leis de murphy de peito aberto, claro que eu como toda boa criança não entendia direito para que facas serviam, menos ainda como elas funcionavam,  em nenhum momento passou pela minha cabeça a ideia de que aquilo podia arrancar meu dedo fora, serio nenhum mesmo,  nessa altura do campeonato o pão já tinha cegado meus olhos. 
Com a força de mil pandas lutadores de mma fui em direção a barreira que me separava do meu pão doce, com  movimentos rápidos e certeiros proferi carai que vocabulário esse moço tem três golpes e nada aconteceu, aquilo estava estranhamente difícil de abrir mas eu não iria desistir até sentir o gosto daquele pão doce, no quarto golpe senti algo estranho no dedo da minha mão esquerda, com a cabeça meio torta e aquele olhar pressentindo a merda olhei pro meu dedo e vi um mar de sangue saindo dele, eu não entendi direito o que aconteceu mas a dor começou a tomar conta do meu braço juntamente com o panico, para uma criança entrar em panico não precisa muito  qualquer coisa sangrando está muito próximo da morte na  cabeça delas e assim foi. Entrei em panico, gritei pelo nome da minha vó com um tom  que  parecia o urro de uma besta, mordi o pão e senti todo aquele sabor percorrer minha alma e corri em direção a minha vó com uma velocidade quase divina e lá estava ela  pronta para me socorrer me perguntando o que tinha acontecido, eu de boca cheia só consegui dizer:
EU VENCI VÓ...


Resumão da historia fodi meu dedo lindamente, fui até o hospital, tenho a cicatriz até hoje, doeu muito, mas o que importa é que venci...


ass: M.O.P.


Ps: Não gostou do post? Achou o plot meio fraco? Achou que faltou uma romance na historia? Achou as cenas de ação meio fracas? Tem o coração peludo?  bom fique com esse video de ninjas de patins perseguindo algo com rodas  e seja feliz seu lindo.




3 comentários:

  1. hHUASUASHUASHUASHAS, PQP, muito bom !

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  2. Bruno Leandro (Pulga, EX redator)17 de junho de 2013 às 09:59

    SHAushAShausASuhsuhhusAHSus... o desfecho foi mto bom hahahah ... bela história.

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  3. KKKKKKKKKKKKK Tudo por um pão doce ... Incrível !

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