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12/02/2018

Uma abstração envolvendo "Castelo animado"

 Caso você não tenha visto o filme citado no título, que por sinal é maravilhoso, vou ter que resumir toda uma ideia para você.

 Ao fazer isso, presumo que vou estragar toda, ou parte, da magia que o filme tem.

 Essa não é minha intenção com essa abstração, sendo assim recomendo, de forma convicta e decidida que você separe um tempo da sua vida para apreciar essa obra, do estúdio Ghibli, chamada O Castelo Animado.

 Sei que seu tempo é muito valioso, também sei que você quase foi embora agora. Mas mantenha a calma meu querido leitor.

 Gostaria que você, independente de ver ou não o filme, fosse capaz de absorver alguma coisa dessa ideia que vou semear na sua cabeça.

 Isso se você me permitir, claro.



 Ignorando vários aspectos visuais, que compõe essa metáfora no decorrer do filme, e levando em consideração o entendimento necessário para continuarmos, vou resumir de forma muito rasa uma situação bem merda que envolve a protagonista do filme.

 Ela é amaldiçoada no começo do rolê, por uma bruxa. A maldição? Ficar velinha e não poder falar sobre o assunto.

 É eu também fiquei com dó dela, de qualquer forma, no  decorrer do filme temos alguns momentos aonde a maldição se quebra, dando a entender que o amor, tanto no sentido para com ela mesma, quanto sobre o amor ao próximo, fosse a cura de sua maldição.

 Essa dinâmica aonde o amor revertia a maldição da personagem, me fez pensar em várias coisas, que talvez sejam meio óbvias, talvez não.

 Acho que depende bastante de quem está lendo. OLHA A RELATIVIDADE ATACANDO

 Mas não estaríamos todos amaldiçoados?

 De certa forma nossa existência não nos aprisiona numa maldição envolvendo nossa própria liberdade? Sem citar Sartre ou algo assim, mas ao estar vivo, você está sujeito a essa maldição que é " não estar morto",  lidar com isso pode ser mais complexo que o esperado para boa parte da população mundial.

 Por mais óbvio que isso possa parecer achei significativo digitar essa afirmação. sou desses

 Peço desculpas também, caso a conotação pejorativa da palavra "maldição" tenha tirado você de sua paz.

 Vida que segue caso você sinta-se abençoado estando vivo, agora foco na outra galera.

 Se estamos todos nessa condição questionável que é "não estar morto", e isso é uma maldição, que não necessariamente resulta em velhice e impossibilidade de reclamar sobre, então como reverter isso?

 Com amor.

 Primeiramente, e principalmente, ame a si mesmo.

 Depois se for interessante, que esse amor transborde para fora, que chegue até aquele que te faz mal.

 Não tenho a minima ideia de como você vai fazer isso, se amar diariamente parece até estupidez, levando em consideração que tendemos a ver nossos defeitos com mais detalhes, e dar pouca atenção as nossas qualidades.

 Mas ao conseguir, alguns aspectos de nossa "maldição" podem se transformar, assim trazendo novos significados dentro do que se pretende com "estar vivo".

 Imagino que essa reflexão com forte apelo sentimental, talvez não seja de seu agrado, mas pense um pouco, em como o amor, pode trazer significados além do esperado, tanto para nós, ou para quem está ao nosso redor. Pense nisso da próxima vez que se sentir amaldiçoado quando o sol nascer no horizonte, que o amor te guie para foras das garras dessa maldição que é viver sem amar.


Ass: M.O.P.

Ps: Assistam essa coisa maravilhosa em forma de filme, vocês precisam conhecer a Sofia.




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