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1/22/2019

Historias de Caracol #1


Olá.
Eu tenho várias histórias que eu poderia postar aqui mas como eu nunca tenho paciência de passar elas do word pra cá, é hora de fazer um post de qualquer coisa.

E o tema de hoje é o que eu faço pra ter vontade pra escrever. Afinal, escrever é fácil, o difícil é estar motivado para tal. Não é mágico, não é motivacional e muito menos interessante, mas a culpa é sua se você continuar lendo.

Vilanelle, o qual eu nunca me importei o suficiente pra saber se tem tradução ou obras brasileiras sobre (isso é bem feio, a escrita brasileira é linda) é um poema de 19 linhas estruturado pra ser repetitivo. E é extremamente simples de fazer.

Dito isso, vamos a um exemplo feito no momento dessa escrita.

Em fotos antigas
Ainda vejo seu sorriso
Quando você me amava

E sinto falta das noites conversando
Mas disso não terei lembranças
Em fotos antigas

Também não terei o seu calor
Ou os olhos que me fitavam
Quando você me amava

Então desisto, de que me serve essas fotos?
Não aguento me ver feliz apenas
Em fotos antigas

Prefiro me ver sozinho
E sozinho não preciso lembrar
Quando você me amava

Então basta de me assombrar
Deixo meu amor por você
Em fotos antigas
Quando você me amava

Sim, é sobre amores perdidos porque isso é a coisa mais fácil de se escrever, olhe os sertanejos por aí.

Mas por que eu quero mostrar um poema? Simplesmente pela estrutura de um Villanelle. Praqueles que prestaram atenção no texto, ele tem dois refrãos ("Em fotos antigas", "Quando você me amava") que precisam fazer sentido no final do poema. O exercício mental de juntar as frases e expandir no tema mesmo que por duas linhas antes de voltar para o refrão é o que vai fazer seu cérebro precisar aos poucos engatar na ideia de criar.

Ou pelo menos é como funciona quase sempre comigo.

Vilanelles podem ser feitas sobre qualquer assunto, por mais que você vá achar pessoas dizendo que Vilanelles precisam ser tristes ou tocar em algo sério. Tudo balela, faça uma Vilanelle sobre Naruto se você quiser, por mais que eu não sei se gostaria (ou entenderia) do resultado final.

Agora, pra já deixar todos preparados pra um futuro em que esse blog vai estar cheio de histórias, eu vou falar dos meus vícios de escrita, porque e como matar essas coisas.

O primeiro vício que tive (e que observo em muito escritor novo) foi a falta de ponto final.

Pra que você precisa fazer um parágrafo com várias frases se você pode apenas continuar uma frase gigante onde o leitor nunca tem tempo de parar de ler, seguindo um constante assunto ou até mesmo mudando o assunto no meio da frase e fazendo o seu texto ficar cada vez mais confuso até que o leitor fique com vertigem ou simplesmente canse do seu texto e bote os próprios pontos finais no meio da frase já que a frase nunca parar de crescer.

O segundo vício que tive e ainda tenho é o de muitas mas muitas vírgulas.

Não é tão diferente assim, ou pelo menos acho que não, do problema dos pontos finais. Claro que vírgulas são importantes, mas, quando usadas em excesso, como agora, só deixa o texto totalmente fora de ritmo. 

Os outro vício já é meio óbvio, caro leitor. Eu gosto bastante de conversar com você! Dizem que não é bonito mas eu sempre amei livros falando comigo quando lia coisas, virou costume.

E como você acha que resolvemos vícios de ritmo, amiguinho?

Leia o seu texto em voz alta e respeite as pontuações. Não tem jeito mais simples de pegar seus próprios erros. E é claro, sempre bote sua cara a tapa e divulgue seus textos. Se ninguém ler, nada muda. Se lerem e acharem ruim, melhore por você.

Eu não sei ser motivacional, mas eu posso dizer que divulgar seus textos podem sim gerar um ansiedade fodida mas é super legal. As vezes divulgue até pra você mesmo, só deixe eles ali em um espaço público e em algum momento algum russo vai cair no seu blog e não entender nada.

PS: Beijinhos, parei de escrever esse post pra assistir SU e estou no chão.
PPS: Não posso dizer que textos assim vão ser comuns, mas são gostosos de escrever.
PPPPS: O PPPS você vê aqui

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